Cada um tem um motivo, mas a jornada de 36 horas será boa para todos

 Cada um tem um motivo, mas a jornada de 36 horas será boa para todos

Os diretores do Siemaco Iram Feliciano da Silva e Roberto Bispo dos Santos fizeram questão de apresentar pessoalmente a Campanha 36 horas (sem redução de salários) aos varredores da Inova (Alojamento Cidade Universitária. Acompanhados pelos assessores Edelson e Edinilson, eles aproveitaram a maior concentração de trabalhadores, decorrentes da distribuição de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), no dia cinco de setembro, para falar aos trabalhadores.

A maioria aderiu ao abaixo assinado, que pretende a aprovação do Projeto de Lei 1590/11, de autoria do deputado federal Roberto Santiago (PSD-SP). Cada um justificou a adesão, explicando o porquê, mas todos concordaram que a redução da jornada será benéfica para todos.

Para o encarregado Francisco Bezerra Pinheiros, a aprovação da lei trará mais qualidade de vida e gerará empregos. O fiscal Julio Cesar Nunes explica que a condição do trabalho dos varredores é árdua e que a redução da jornada também irá melhorar o desempenho no serviço: “É uma atividade debilitante, pois eles trabalham com o sol no rosto, o calor do asfalto queimando o corpo, sempre nas condições adversas das ruas”.

Tempo para a família e para descansar é o maior objetivo. “Hoje eu só tenho tempo de tomar banho e dormir, quando chego do trabalho”, contou José Alves dos Santos, enquanto Francisco José Luis da Costa complementa: “Nosso trabalho é muito puxado e eu não tenho tempo para descansar. Renato Carlos de Oliveira quer algumas horas para se divertir com os três filhos.

Vestindo a camisa da campanha, Eneas Costa Batista pretende se dedicar ás suas orações, na Igreja Cristâ do Brasil. Apesar de não reclamar do serviço, ele concorda que o horário limita a sua vida pessoal. O problema de Joel da Costa é outro. Vive sozinho, cumpre dupla jornada, trabalhando e cuidando da casa.

Evaldo Joaquim Nunes sonha com a conclusão dos estudos. “Eu quero concluir o ensino médio, mas a jornada atual de trabalho não permite. Fábio Balbino da Silva resume: “Vai ser muito melhor para a gente.”