Juventude debate o seu papel no sindicalismo internacional

Como estimular, envolver, agregar, capacitar e instruir as novas lideranças políticas foi o tema das discussões durante o primeiro dia de reunião do Comitê Executivo Regional da UNI Américas Jovem, realizado entre os dias 15 a 17, na capital da Argentina, Buenos Aires. A diretora do Siemaco, Daniela Sousa, que integra a rede jovem, participou das discussões junto com a delegação brasileira.

O Presidente da Uni Américas, Ruben Cortina, ressaltou a importância da inclusão das novas lideranças na política sindical. Na sequencia, os palestrantes se revezaram em temas convergentes, como o papel da juventude na construção do poder, fortalecimento dos sindicatos e difusão da informação.

A juventude e o primeiro emprego norteou o workshop, realizado nos dias seguintes, e a situação dos trabalhadores com contratos temporários foi o tema principal. Na Argentina, o trabalho temporário, apesar de ser a porta de entrada para os jovens no mercado de trabalho acaba sendo eternizado, pois a legislação não delimita prazos. Assim, os trabalhadores são penalizados pela falta de segurança e benefícios, podendo exercer trabalhos sem vínculos empregatícios pela vida afora.

No encerramento do encontro, os lideres do comitê da juventude vindos especialmente da Argentina, Barbados, Brasil, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Nicarágua e Uruguai assumiram o compromisso de divulgar o que foi discutido em seus países. Foi sugerido à criação do Dia de Ação Global sobre o trabalho temporário e aprovado um memorando sobre a importância dos sindicatos como agentes do poder do capital.

“Foi muito importante conhecer a realidade dos outros países e fantástico descobrir as diferenças da realidade entre os jovens de sociedades distintas”, contou Daniela, explicando que o dilema atual é descobrir o que encantaria a juventude e os traria para o movimento sindical. Ela adiantou que muito provavelmente o terceiro encontro da juventude da UNI Américas acontecerá no Brasil.