Em assembleias, trabalhadores endossam direito do Tíquete Refeição
Setenta funcionários da empresa Ellofort, prestadora de serviços nos hipermercados Carrefour decidiram, no dia três de maio, pela manutenção do tiquete refeição. Depois que o benefício foi cortado, sem comunicação prévia, eles procuraram pelo sindicato, que prontamente reverteu o impasse.
Surpreendidos pela troca dos tiquetes por refeições, servidas no local de trabalho (lojas Aricanduva, Jacu Pêssego, Penha e Vila Maria), os auxiliares de limpeza recorreram ao assessor sindical Sérgio que, imediatamente, contatou a empresa. Três dias depois, em reunião realizada na sede do Siemaco, no dia 12 de fevereiro, ficou constatado o equívoco, que feriu os direitos conqusitados em Convenção Coletiva de Trabalho, e a representante da Ellofort, Rose, reconsiderou a decisão.
Há quatro anos o benefício do tíquete restaurante era concedido pela Ellofort. Assim, ele não pode ser substituído ou cortado sem o aval dos trabalhadores. Rose explicou que, a pedido do contratante, a intenção era reduzir gastos, sem alterar o contrato original.
Para validar o acordo, o Siemaco realizou quatro assembleias e, unânimamente, os trabalhadores decidiram pelo tíquete, e não pelo fornecimento das refeições no local de trabalho. O diretor Elmo Nicácio (Lagoa) lembrou que o benefício integra a renda do trabalhador, que tem a opção de levar a comida de casa.
Sérgio completou que todos já receberam os tíquetes devidos, no valor de R$ 12,74 diários. “A empresa admitiu o erro, pois mexeu no bolso do trabalhador ao suspender um direito adquirido”.