No trabalho em altura todo cuidado é pouco!

 No trabalho em altura todo cuidado é pouco!

Dia do Gari , funcionarios da INOVA em atividade na praça Marechal Deodoro

Há quem tenha receito, medo ou até mesmo fobia. Para muitos profissionais, entretanto, a altura é condição para o trabalho.

Limpadores de vidros, operadores de motosserra, auxiliares de limpeza que prestam serviços de limpeza ou restauração de fachada, entre outros companheiros da nossa categoria, exercem as suas atividades de rotina em cima de andaimes, plataformas ou suspensos por cordas e cadeiras. Quem vê de longe pode temer pelas suas vidas, mas os profissionais treinados sabem muito bem como se proteger!

Define-se trabalho em altura as atividades laborais executadas acima de dois (2) metros em relação ao piso inferior, com risco de queda. Para regulamentar a atividade e garantir a saúde e segurança dos profissionais, a Norma Regulamentar 35 (NR 35) estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura. A saber:

– Obrigatoriedade do Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), incluindo exames médicos específicos para a execução da atividade;

– Obrigatoriedade da Permissão de Trabalho em Altura (PTA);

– Treinamento específico (carga horária de oito horas) a cada dois anos, ou sempre que houver mudança de empresa, condições de trabalho ou retorno de afastamento superior a 90 dias;

– Utilização dos EPIs e EPCs (equipamentos de proteção individual e coletiva);

– Supervisão constante e obrigatória durante a execução do trabalho em altura.

Equipamentos essenciais:

Dependendo da atividade exercida, será essencial a utilização de equipamentos de segurança. A indicação do acessório ideal requer avaliação SESMT das diferentes empresas.

Trava-Quedas, mosquetão, talabarte duplo ou Y em atividades em andaimes, talabarte simples, cinto tipo paraquedista, capacete com jugular e óculos de segurança são alguns dentre os aparelhose mais utilizados.

Importante: A Convenção Coletiva de Trabalho do Asseio e Conservação determina que os limpadores de vidros têm direito a receber adicional de periculosidade de 30%.

Dicas do Departamento de Saúde e Segurança do Siemaco

– Limpadores de vidros devem beber muita água durante o desempenho das atividades, para evitar desidratação em consequência à exposição ao sol e ao vento;

– Filtro solar é essencial no desempenho de trabalhos ao ar livre;

– Toda atenção é pouca com os equipamentos;

– Em caso de limpeza vertical, checar as condições de segurança antes de realizar a descida;

– Nunca transportar materiais ao subir ou descer escadas e andaimes.

– Utilizar equipamentos e métodos seguros para elevar ou descer os produtos a serem utilizados;

– Jamais colocar uma escada obstruindo uma passagem ou em rampas e escadarias.

– Sinalizar o local das atividades.

Palavra do diretor:

“Trabalhador, se você exerce trabalho em altura, exija sempre treinamento, equipamentos adequados e reciclagem profissional. Não se arrisque e procure o sindicato em caso de irregularidades na sua empresa.”

João Capana

(diretor de saúde e segurança do trabalho do Siemaco)

Fotos: Rubens Gazeta