Central de Vagas do Siemaco: Emprego para quem precisa!
Diariamente, dezenas de pessoas procuram a Central de Vagas do Siemaco em busca de uma oportunidade, um emprego, um futuro. Um a um, os trabalhadores que recorrem ao sindicato sabem que sem trabalho remunerado não há presente.
Mensalmente, centenas de vagas são ocupadas graças à intermediação do Siemaco, que além de prestar um serviço à comunidade, gratuitamente, firmou parceria com empresas para garantir o acesso do trabalhador desempregado e encurtar o caminho rumo ao trabalho. No dia 11 de maio, mais de 50 homens e mulheres buscavam uma nova chance.
À frente do trabalho, a responsável pela Central de Vagas de Siemaco, Ligia de Oliveira Cruz e sua parceira Carla Gomes de Sousa recebem os candidatos. Preenchem os cadastros e após analisar os perfis, cruzam com as vagas disponíveis e orientam os trabalhadores quanto dos próximos passos até a seleção.
O casal Rosângela Rosa de Jesus, 28 anos, e Rafael de Oliveira Gama, 30, ambos desempregados, recorreram à Central de Vagas como o melhor caminho até o emprego. Ele, porteiro, pediu demissão depois de seis anos porque o empregador não estava honrando com os pagamentos. Ela, auxiliar de limpeza, foi demitida porque teve de faltar do serviço em consequência da doença da filha, de apenas cinco anos.
Contando que estão vivendo com a ajuda de familiares, Rafael conheceu a Central de Vagas quando foi fazer a homologação, no Siemaco. Sem pensar duas vezes, voltou ao sindicato, só que dessa vez com a esposa. Dias depois foram chamados para participar do processo seletivo. Valeu à pena, pois ele saiu empregado do sindicato!
Parceria com empresas
O trabalho realizado em conjunto com as empresas garante o sucesso da Central de Vagas do Siemaco. Várias delas, do segmento do Asseio e Conservação, fazem questão de ir até a Rua Pirineus para entrevistar os candidatos às vagas. Durante esta reportagem, estavam presentes profissionais do Departamento de Recursos Humanos das empresas Monteiro e Master Ambiental.
Ricardo Tadeu Anderson, da Monteiro, frequenta a Central de Vagas do Siemaco desde 2010. “É uma parceria legal e hoje cem por cento dos nossos funcionários são recrutados aqui”, afirmou, lembrando que no segmento do asseio e conservação há uma rotatividade muito grande e graças ao trabalho realizado junto com o sindicato, preencher as vagas fica mais fácil”.
Doze profissionais de portaria foram contratados, mas a carteira assinada era só o começo, pois todos passarão por treinamento durante três meses. “Hoje o porteiro precisa segurar,vigiar e controlar. A nossa empresa, que tem 50 anos de mercado, investe em segurança como um diferencial para os nossos profissionais”, ressaltou Ricardo.
Idade e idioma
Maria Aparecida Costa estava indignada, pois havia procurado uma agência de empregos, onde ouviu que não haveria emprego para uma mulher de 40 anos e foi orientada a ficar em casa. Na Central de Vagas descobriu que não há limites de idade para trabalhar na área da limpeza, e sua esperança reacendeu.
Contando que começou a trabalhar como doméstica aos 12 anos, tornou-se dona de casa ao casar, aos 16. Mãe de três filhos voltou á labuta quando se separou do marido, aos 25. “Eu fazia faxina em mansões, como diarista, até que consegui emprego como auxiliar de limpeza numa firma e fui trabalhar do Fórum João Mendes”, lembrou afirmando que ficou no setor até a empresa perder o contrato.
“É muito bom trabalhar com carteira assinada. Dá garantia para a gente”, ressaltou, enquanto esperava ser chamada para a entrevista. Fez questão de contar, ainda, que fez o curso de copeira, na Central de Cursos, pelo sindicato.
Três amigos, imigrantes haitianos, tentavam driblar a falta de fluência na língua portuguesa para conseguir emprego para a recém-chegada Marie Michele Cearque, de 37 anos. Ela deixou o marido e três filhos no Haiti para tentar a vida no Brasil, pois precisa alimentar a família.
Como não sabe falar nem escrever português, as chances do mercado de trabalho ainda são restritas. “Ela é muito inteligente, aprende fácil e sabe limpar, só precisa de uma chance”, argumentava Derieck Edourd, 44 anos, insitindo que era uma emergência, pois falta recursos para a família. No Brasil há quatro anos, para ele não faltou emprego na área da construção civil. Cidane Louissaint, 52 anos, que trabalha na limpeza há dois anos, contou que no país de origem “não tem serviço” e que todos têm filhos para criar e família para sustentar. Marie Michele garantiu que vai treinar o português e voltar para tentar um emprego, em breve
Mais de 500 contratações apenas no primeiro trimestre do ano
Entre janeiro e março de 2015, 565 pessoas conseguiram a tão desejada carteira assinada graças à Central de Vagas do Siemaco. No período, candidataram-se 1144 pessoas e pouco mais da metade foi contratada.
Lígia explica a maioria pertence à categoria do Asseio e Conservação e Limpeza Urbana, com destaque para as vagas de auxiliar de limpeza e portaria, mas ressalta há oportunidades para todas as funções das categorias representadas pelo Siemaco, e também de outras categorias. Sem custos ou burocracia, basta o candidato chegar e o cadastro será preenchido. Nem currículo tem de ser apresentado.
Além disso, Lígia e Carla telefonam para os candidatos quando surge uma vaga com o perfil necessário. “Há oportunidades para todos os perfis e idade”, garante Lígia, lembrando que elas fazem questão de orientar os desempregados. Carla ressalta o perfil humilde dos trabalhadores, o que torna o trabalho realizado pela Central de Cursos ainda mais difícil e importante.
A subsede do Siemaco atende os trabalhadores da região sul, também sem custos e burocracia. A responsável pela Central de Vagas é Juliana Ferreira Lobato Aoki, que conta que as mesmas atividades realizadas na sede são replicadas em Santo Amaro. “Apenas não fazemos seleção de candidatos, mas encaminhamos os trabalhadores para as empresas ou para a Rua Pirineus.”
A Central de Vagas trabalha em sincronia com o Departamento de Homologação e a Central de Cursos do Siemaco, para tornar otimizar o caminho até o emprego. As vagas de emprego para portaria, por exemplo, exigem curso de capacitação, oferecido pelo sindicato. É comum, ainda, os candidatos saírem da homologação e pararem na prota ao lado, em busca de uma nova oprotundiade.
Documentos necessários para o cadastro na Central de Vagas
– RG, CPF, Título de Eleitor, Comprovante de residência (com CEP) e carteira de trabalho.
Os atendimento acontecem de segunda às sextas feiras, das oito às 18 horas.