Encontro de sindicalistas da UNI Américas traça panorama dos desafios das mulheres no Trabalho e Sociedade
Foram três dias de intensas atividades, entre 21 e 24 de junho, quando mulheres que estão à frente da liderança sindical, no Brasil, reuniram-se durante a 5ª. Oficina – Oportunidade e Igualdade de Gênero, na Praia Grande, litoral paulista. Responsável pela Secretaria da Mulher, Márcia Adão, representou a Fenascon e o Siemaco SP.
Dezenas de líderes sindicais, representantes de diferentes entidades e integrantes à Rede de Mulheres Uni Brasil, filiada à Uni Américas, participaram do encontro. Assuntos como a imagem da Mulher na Mídia, a Divisão Sexual do Trabalho, a Violência contra as Mulheres e a Cláusula de Gênero em Negociação Coletiva foram esmiuçados em palestras e na sequência debatidos com as participantes.
“Os temas propostos pela rede de mulheres Uni Brasil foram oportunos ao socializar os conhecimentos e gerar discussão. A participação dos homens tornou a dinâmica dessas discussões ainda mais rica. Afinal, só através dos questionamentos e reflexões iremos avançar nessa construção”, afirmou Márcia.
Refletindo e construindo
A Rede de Mulheres Uni Brasil integra sindicatos representativos do segmento de serviços filiado à Uni Américas. Dentre as bandeiras de luta, o grupo visa à igualdade de gênero, o empoderamento e a erradicação da violência contra a mulher em todo o mundo.
Três mulheres, referências em suas áreas de atuação, palestraram sobre temas convergentes aos desafios perseguidos pela Rede de Mulheres. A psicóloca Rachel Moreno e autora do livro homônimo analisou A Imagem da Mulher na Mídia; a sindicalista Neiva Santos abordou a sempre desigual Divisão Sexual do Trabalho e a advogada Claudia Patrícia Luna atualizou a polêmica da Violência Contra as Mulheres. Ficou a cargo de especialistas do departamento de Saúde e Segurança do Trabalho (saúde, mente e previdência) do Dieese decodificar a Cláusula de Gênero em Negociação Coletiva.
Durante os três dias, foi ressaltada a necessidade de homens e mulheres somarem à luta pela igualdade, e também na promoção da responsabilidade compartilhada. Sobretudo, o papel das entidades e sindicatos na elaboração de políticas inclusivas, promoção da mão de obra feminina e valorização da mulher em todas as instâncias da sociedade.