Sindicato cidadão apoia e valoriza o trabalhador

 Sindicato cidadão apoia e valoriza o trabalhador

IMG_7372.jpg Aterro Sanitário em Perus

Sérgio Gonçalves de Jesus tem 35 anos e há três entrou para a Limpeza Urbana. Divorciado, com dois filhos, diariamente opera uma roçadeira e é um dos 36 trabalhadores que mantém limpo e seguro o antigo lixão da cidade de São Paulo, o Aterro Bandeirantes, desativado.

Com poucas oportunidades de lazer, ele relaxa da rotina diária jogando futebol de várzea todos os finais de semana. Nas noites de sábado ele integra o time Vira Copo e nos domingos de manhã a equipe dos Veteranos. Craque no meio de campo, ele toca, passa e divide a bola, servindo os companheiros, e de vez em quando se arrisca rumo ao gol adversário.

A performance, entretanto, estava comprometida, pois sua chuteira estava velha, estourada, gasta e faltando travas. O que também colocava em risco a segurança do atleta. Os assessores Cido e Fábio (Toledo) ouviram a queixa do trabalhador, sem recursos, e o diretor Elmo Nicácio (Lagoa) intercedeu. Na manhã dessa quarta (2), Sérgio recebeu uma visita surpresa e presente muito especial: uma chuteira nova!

“É dá hora!”, respondeu o roçador. Depois perguntou: é número 38? Com a afirmativa, agradeceu: estou muito feliz, pois eu estava “precisado”.

Uma atitude simples que se inicia no trabalho diário dos assessores do Siemaco. Eles conhecem os trabalhadores não apenas em suas demandas trabalhistas, mas com as visitas diárias criam vínculos e, na medida do possível, transformam vidas através de gestos de solidariedade, cumplicidade e amizade.

O futebol complementa a vida de Sérgio, que sempre tem como paisagem um campo. Num deles a bola rola, no outro a ferramenta de trabalho deixa o ambiente mais bonito e asseado.  Os companheiros Orismar e Osvaldo testemunharam a alegria.

O primeiro conhece muito bem o valor que o esporte tem para a vida, pois a filha Beatriz é judoca vitoriosa. Osvaldo, líder de equipe, sabe a importância que a vida saudável tem no desempenho no trabalho.

“Operar uma roçadeira requer cuidado extremo, principalmente num terreno como o aterro, onde o perigo está escondido no subsolo e pode surpreender. Por exemplo, um pedaço de ferro, que pode bater contra o equipamento que gira em alta velocidade e provocar acidentes graves. “Aqui ninguém trabalha sem EPI, garante Oswaldo, que se esmera em treinar os colegas.