Peregrinação, perseverança e confiança uniram a categoria da Limpeza Urbana

 Peregrinação, perseverança e confiança uniram a categoria da Limpeza Urbana

As colegas Anizete Aparecida Eusébio, 60 anos, e Maria de Fátima Gonçalves da Silva, 59, foram até o Siemaco, na tarde de 24 de setembro, com muitas dúvidas. Em nenhum momento, entretanto, duvidaram que o sindicato, com greve ou negociação, iria resolver o impasse com os patrões.

“Espero coisas boas, positivas”, afirmou antes do início da Assembleia a varredora Maria de Fátima. “Estou no lixo há 31 anos e desde o início sou sócia do sindicato”, contou, lembrando que no ulitmo final de semana foi para Aparecida do Norte rezar para que o impasse com a prefeitura de São Paulo e o Selur se resolvesse. 

“Eu sou aposentada, até posso perder o emprego, mas os meus companheiros precisam desse trabalho”, ressaltou apontando um colega que será pai em cinco meses. “Deus disse: faz a sua parte que eu te ajudarei. Maria vai passar na frente e tudo se resolverá”, anteviu.

Anizete é ajudante de serviços gerais e trabalha na Limpeza Urbana há quatro anos. “É um trabalho normal, como os outros”, descreveu, dizendo que se dá muito bem com todos no trabalho e que estava na Assembleia esperando o melhor.

Apesar da idade, ela tem um sonho e um objetivo a perseguir: espera ser promovida a varredora. “Minha filha, dizem que não posso porque já tenho 60 anos, será verdade? O Sindicato pode ver isso para mim?”, questionou e pediu.

Se o sindicato não pode prometer a promoção para a trabalhadora, pôde garantir a ela  e à categoria o melhor acordo. Os salários e benefícios serão reajustados em 10% e está sendo definida melhorias na assistência à saúde, PPR mínimo, insalubridade, periculosidade e muito mais.