Trabalhadores da Limpeza Urbana se mobilizam para a greve contra demissões
Um dia após a prefeitura de São Paulo anunciar o corte de 10% na verba municipal destinada à limpeza urbana da capital paulista, o Siemaco foi às bases de trabalho informar sobre a decisão unilateral, que pode levar à redução dos quadros de funcionários, pelas empresas. Se não for revertida, a medida penalizará mais de dois mil trabalhadores. Principalmente garis e coletores.
Na manhã deste sábado, 19, quando os assessores sindicais anunciaram a possibilidade das demissões nas garagens e alojamentos os trabalhadores mostraram-se surpresos e começaram a jornada diária com uma preocupação a mais. A data-base da categoria da Limpeza Urbana é 1º. de setembro e as negociações com o sindicato patronal, o Selur, foram interrompidas em função da decisão da prefeitura
“O prefeito Haddad passa um trator por cima de uma categoria que ganha um pouco mais de um salário mínimo e cuida da saúde pública de São Paulo, afirmou indignado o presidente do sindicato, Moacyr Pereira. Durante assembleia com trabalhadores realizada na sede do Siemaco, na tarde de sexta-feira, dia 18, foi decretado “estado de greve”.
“Estamos mobilizando a categoria para reagir contra a absurda decisão do prefeito, que não deve ter avaliado as consequências da perda dos postos de trabalho num setor que é considerado essencial”, avisou Moacyr. Anunciou, também, que o Siemaco já solicitou o agendamento de reunião com Fernando Haddad na tentativa de reverter a grave situação que terá consequências danosas a 20 mil famílias de baixa renda. Também acarretará em riscos imediatos à população, caso o prefeito não volte atrás e a greve se confirme com a interrupção da varrição e coleta da cidade.