Trabalhadores do Asseio e Conservação aprovam pauta de reivindicações durante Assembleia, esperando 10% de reajuste salarial

 Trabalhadores do Asseio e Conservação aprovam pauta de reivindicações durante Assembleia, esperando 10% de reajuste salarial

Centenas de trabalhadores compareceram à sede do Siemaco, na tarde de quinta-feira (26), e representando a categoria do Asseio e Conservação aprovaram por unanimidade a pauta de reivindicações que será entregue para o Seac-SP, o sindicato patronal. Foram iniciadas formalmente, então, as negociações para o acordo coletivo 2016. Neste ano, a pauta contemplará os trabalhadores dos 19 sindicatos representativos da categoria em todo o Estado de São Paulo.

Didaticamente, o presidente do Siemaco, Moacyr Pereira, detalhou os oito itens da pauta. Lembrou, contudo, a situação atual que o país enfrenta, antecipando que a negociação será difícil, inclusive vislumbrando a possibilidade de greve. “

“Eu gosto de pensar positivo, mas os problemas políticos atingem diretamente a economia do país”, salientou. Em seguida se comprometeu: vamos tentar superar esses problemas durante a negociação com os patrões.

A pauta de negociações validada na assembleia contempla: reajuste salarial de 15% (10% de reposição da inflação mais 5% de garantia antecipada dos índices inflacionários); aumento de 20% nos benefícios (vale e tíquete refeição); 15% de aumento no PPR (Programa de Participação nos Resultados); Convênio de Saúde (Assistência Médica Familiar); Auxílio Creche (20% do piso salarial); fornecimento mínimo de três kits de uniformes por funcionário, além de lavagem e higienização dos mesmos; criação da função de banheirista e aplicação da Súmula 448, com pagamento de 40% de insalubridade para o profissional que limpa o banheiro integralmente e 20% para os que incluem o banheiro nos serviços de limpeza.

Histórico vitorioso

Moacyr Pereira convocou os trabalhadores a somarem à luta do sindicato, partilhando as informações com os colegas na base de trabalho e, principalmente, convidando-os a participar dos debates e assembleias. “A responsabilidade é compartilhada entre os trabalhadores, que têm o direito de manifestar as suas opiniões e sindicatos!”, enfatizou.

“Se o acordo não acontecer, a greve é o caminho”, alertou. Orientando que a paralisação é um direito do trabalhador, ponderou, no entanto, que esse será o último recurso. “Nos últimos anos temos conseguido bons resultados, com reajuste de salários e benefícios acima da inflação, além de conquistas importantes.

Os trabalhadores não se intimidaram e fizeram muitas perguntas antes de levantar os braços e dizer sim à pauta de reivindicações e endossar a decisão e o trabalho do sindicato. “Espero um aumento em torno de 10%, disse a encarregada Marileide Oliveira de Jesus, 50 anos, que estava acompanhada das filhas Beatriz, 20 e Monique, 23, todas funcionárias da empresa Multiforme.

“Gostamos das coisas direito”, disse a mãe, afirmando que levou às filhas para a categoria porque gosta do serviço e empresa. A caçula é auxiliar de copa e a irmã, em apenas três anos, recebeu três promoções e hoje ocupa a função de auxiliar administrativa.

Pela primeira vez no Siemaco e numa assembleia, Maria Vitória da Silva e Marcela da Silva, trabalhadoras da empresa Comatic, na limpeza escolar, gostaram do que viram. “Concordamos com tudo e queremos participar mais”, afirmaram.

Há apenas dois meses trabalhando como auxiliar de limpeza, funcionário da Monteiro, Jorge Carlos tinha muitas dúvidas, especialmente sobre o PPR, que foram esclarecidas. Já o limpador de vidros Alex Soares, da Impacto, locado na FAAP, também defende o reajuste de 10%. “Seria justo e eu ficaria feliz!”.

“Vamos tentar firmar o acordo com amor, senão na dor”, finalizou Moacyr. Garantiu, assim, que mais um ano o Siemaco irá defender até o limite os direitos da categoria do Asseio e Conservação,.