Depois do novo emprego, Justiça Trabalhista é o caminho para reparar as perdas

 Depois do novo emprego, Justiça Trabalhista é o caminho para reparar as perdas

Uma vida toda dedicada à limpeza, Geni Nunes Quirino era funcionária da Higilimp há 15, locada na Pontifícia Universidade Católica (PUC), campus Perdizes, Sem receber os salários de janeiro, parte de fevereiro, 13º e demais direitos, ela procurou o Siemaco para entrar na Justiça contra a ex-patroa. “Estou horrorizada. Isso nunca aconteceu antes”, desabafou.   

Ao seu lado, esperando a sua vez de conversar com os advogados do sindicato, Roque do Carmo teve mais sorte. Metalúrgico, ele tornou-se trabalhador do Asseio e Conservação há cerca de três anos e há cinco trabalhava cuidando da limpeza da estação Liberdade do Metrô. “Estou feliz, fui recontratado graças ao Siemaco e na semana que vem retorno ao mesmo setor. “Fui muito bem recebido e agradeço a toda a equipe do sindicato”, salientou.

Maria Aparecida Ferreira trabalhou a maior parte dos 62 anos em casa de família até que  há dois foi contratada pela Higilimp “Eu trabalhei muito e a empresa sumiu, por isso estou abrindo o processo”.  Contou ainda que na véspera foi até a empresa Soluções buscar o novo uniforme. A mesma sorte não teve Maria de Fátima da Conceição, que estava afastada por dez dias, com problemas na perna e vivia um processo de desligamento quando a Higilimp fechou as portas. “Fui ao escritório ver como ficaria a minha situação e não achei ninguém, por isso vim abrir processo contra a empresa, no sindicato, hoje.

Assistidos um a um pela equipe de advogados do Sieamaco, a Justiça é a esperança dos trabalhadores abandonados pela Higilimp. A advogada Vanusa de Freitas disse que serão abertos processos individuais para todos os trabalhadores que procurarem o sindicato. Esperando atender milhares deles, ela disse que os processos serão abertos na Varas da Justiça mais próxima dos setores onde os ex-funcionários da Higilimp trabalhavam.

Apesar do caminho da Justiça trabalhista ser longo e incerto, é o melhor caminho para reaver as perdas trabalhistas. “Deus é pai. Ele não vai faltar com a gente”, resumiu Eliane Henrique dos Santos, que trabalha limpando a cidade universitária desde 2007, foi recontratada e também acredita que a Justiça será feita.