Empregados novamente, na terça-feira a equipe da limpeza recomeça o trabalho na USP

 Empregados novamente, na terça-feira a equipe da limpeza recomeça o trabalho na USP

GAZ_1264.jpg Siemaco recontratação para USP Gramaplan

Na próxima terça-feira, dia primeiro de março uma nova história se inicia para a equipe da limpeza da Universidade de São Paulo. Recontratados em pleno sindicato, pela empresa Gramaplan, eles receberão os uniforme às 10 horas, em frente ao prédio da reitoria.

Para o diretor do Siemaco, Fábio Cruz, a vitória é dos trabalhadores. O Siemaco acompanhou todo o processo, apoiando os ex-funcionários da Higilimp; “Negociamos com o gestor do contrato e conseguimos o pagamento de um salário mínimo nacional, chamamos a nova prestadora de serviços para atender no sindicato, estamos garantindo a abertura dos processos na Justiça e vamos continuar ao lado das equipes, fiscalizando as condições de trabalho”.

O supervisor operacional da Gramaplan, Rogério Batista de Oliveira, participou de um novo mutirão, nessa quarta-feria (24), formalizando a contratação dos novos colaboradores. Ao lado das colegas do Departamento de Recursos Humanos ele chegou documentações e deu as orientações aos novos funcionários. Ao todo foram contratados 197 profissionais, somando as equipes do Asseio e Conservação locadas na USP e no Museu de Arte Contemporênea (MAC-USP), localizado no Ibirapuera.

Rosângela Lopes respondia por 240 funcionários como supervisora dos serviços de limpeza na USP. Recontratada, ela participou do mutirãi  e também entou com processo trabalhista contra a Higilimp;”Eu fui a primeira a ligar para o Siemaco quando a Higilimp sumiu e não havia ninguém para conversar. O sindicato sempre esteve ao nosso lado, e eu continuarei confiando no apoio da equipe sindical”.

Eu me senti no escuro

Marlene Santino da Silva mal comemorou a alegria da aposentadoria, conquistada no início do ano e foi pega de surpresa com o desemprego, no carnaval. Jovial aos 61 anos, ela não quer  e não pode nem quer parar de trabalhar.

“Ficamos no escuro quando chegamos para trabalhar e a empresa havia retirado as máquinas, abandonando os funcionários. Eu parei. Não havia mais empresa nem emprego, até que o sindicato chegou. Eu estou muito feliz”, contou Marlene, que no dia primeiro de fevereiro retomará o serviço, agora por uma nova empresa.

Contando que não queria ficar em casa, porque “é solitário”, Marlene procura a felicidade onde ela estiver: no trabalho, nos três netos e nas duas filhas. Há cinco anos na limpeza, ela integrava a equipe da Higilimp, trabalhando na FEA-USP, depois de trabalhar como copeira e cozinheira durante décadas. “Ficou muito pesado mexer com panelas grandes e com temperaturas altas”, relata dizendo que se adaptou bem como auxiliar de limpeza.

A única lembrança que tira o sorriso do rosto da trabalhadora é a lembrança do que a Higilimp fez com ela e os colegas. Não perdôo, por isso entrei com processo na Justiça e com o sindicato do meu lado eu vou reaver os meus direitos. “O atendimento está sendo ótimo, o sindicato recolheu todos nós e nos tirou da escuridão”, finalizou