O sindicato que acolhe e orienta o trabalhador
“Eu estou aqui porque não tinha aonde ir, pois a empresa acha que eu sou um problema”, desabafou a trabalhadora Elizabete Aparecida Giareli, enquanto aguardava atendimento do Departamento Jurídico do Siemaco. Com a perna imobilizada, a auxiliar de limpeza, readaptada pelo INSS para funções administrativas, tem uma longa trajetória de espera.
Há dias ela sofreu um acidente no Metrô, quando a bengala que a amparava foi chutada por um passageiro. Como já tinha problemas no joelho (ruptura no Medial), consequência de outro acidente de trajeto, a doença se intensificou. A saga, porém, começou há dois anos, quando ela foi agredida por um colega enquanto trabalhava no Hospital das Clínicas.
Sindicato é o meu porto seguro
Há dois anos Elizabete convive com dificuldades inerentes à doença na perna, ao mesmo tempo em que espera por uma cirurgia. Apesar de residir na Zona Oeste, ela reassumiu o trabalho na Zona Leste, caminhando a passos lentos e enfrentando três horas de trânsito até que foi mais uma vez afastada, em 10 de janeiro. “Eles querem que eu reassuma, mas o médico do Centro de Referência de Saúde do Trabalhador atestou que eu não tenho condições de trabalhar, com a perna imobilizada, contou.
“É muito constrangimento”, desabafou, ao mesmo tempo em que confessa que quando bate o desespero ela recorre ao Siemaco, onde é acolhida e orientada. “O sindicato sempre me ajudou.”
Atendida pela diretora Karine Karen e o coordenador do Departamento Jurídico, Márcio, a trabalhadora foi para casa mais tranquila e confiante. “Eu só quero que as empresa entenda que eu estou doente”, disse esperançosa.