Projeto Verão sem Aids mobiliza sindicalistas, governo e população para difundir informações e combater a discriminação sobre a doença e o vírus HIV

 Projeto Verão sem Aids mobiliza sindicalistas, governo e população para difundir informações e combater a discriminação sobre a doença e o vírus HIV

Pelo 22º ano consecutivo, o “Projeto Verão Sem Aids” apresentou, nessa segunda (20), estratégias para conter os avanços da doença, no Brasil, durante evento realizado através de Audiência Pública na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo). Com o tema “Centrais Sindicais, Empresas, Governo e a Sociedade na luta pela redução do contágio e defesa das pessoas que vivem com HIV/AIDS: contra a discriminação, a favor do direito fundamental ao trabalho e da Recomendação 200 da OIT”, contou com a mobilização das lideranças sindicais. O Siemaco esteve representado pela sua diretora-geral, Márcia Adão.

Com a estratégia de formar multiplicadores de informação e também mobilizar os sindicalistos para incluir a pauta da prevenção da Aids nas Convenções Coletivas de Trabalho, o debate versou sobre  temas relacionados à Aids no mundo laboral. Inclusive, a ratificação e implementação da Recomendação 200, da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

João Scaboli, idealizador do “Projeto Verão Sem Aids”, criado originalmente pela  Federação dos Químicos e Farmacêuticos (Fequimfar), defendeu ações conjuntas das centrais sindicais pela prevenção ao HIV/Aids, adoção das recomendações da OIT e fortalecimento das políticas públicas. Márcia Adão, que responde pela Secretaria da Mulher do Siemaco, lembrou o aumento da doença em mulheres, muitas delas infectadas pelos maridos.

” Não devemos pensar em prevenção somente no carnaval ou no ano novo. A prevenção deve ser contínua. Nós, sindicalistas, temos ferramentas para levar a informação ás nossa bases. A prevenção ainda é mais barata, mais eficiente e menos dolorosa”, salientou Márcia, que representou na mesa de trabalhos a Secretária Nacional para Assuntos da Diversidade Humana da UGT

Números impressionantes

Segundo dados da UNAids, programa da Organização das Nações Unidas, os índices da doença são crescentes no Brasil. Enquanto em 2010 contabilizávamos 43 mil caos novos em 2015 foram 44 mil. No mundo, 36 milhões de pessoas têm Aids, sendo que 30 milhões em idade laboral.

Os estudos comprovam que não podemos medir esforços na conscientização, prevenção e tratamento e inclusão das pessoas infectadas com Aids. Uma doença controlada, mas que requer um tratamento difícil e permanente.

O “Programa Verão Sem Aids” desenvolverá, ao longo do ano, um seminário sobre o tema e duas oficinas de formação para multiplicadores. Um entre os desafios será a divulgação e a prática da Portaria No 1927, de 10 de dezembro de 2014. A legislação estabelece orientações sobre o combate à discriminação relacionado ao HIV e Aids nos locais de trabalho.