Delegação de sindicalistas belgas conhece os serviços de asseio e conservação e limpeza urbana de São Paulo

 Delegação de sindicalistas belgas conhece os serviços de asseio e conservação e limpeza urbana de São Paulo

A delegação de sindicalistas belgas teve um dia movimentado nessa segunda-feira (9) aproveitando ao máximo a estada na capital paulista para conhecer mais sobre os serviços de Limpeza Urbana e Asseio e Conservação. Também visitou o Seac-SP  (Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação no Estado de São Paulo) testemunhando o trabalho realizado em parceria com o Siemaco SP.

Nas primeiras horas da manhã o grupo de sete líderes sindicais, acompanhados pelo presidente Moacyr Pereira, participou da inauguração da Central de Tratamento de Resíduos de Saúde “Marcus Silva Araújo”. A nova usina tem capacidade para tratar 70 toneladas de resíduos diariamente, enviando para o aterro o material compactado e livre de contaminação.

De acordo com o diretor do Siemaco, Elmo Nicácio (Lagoa), a cidade de São Paulo conta com o que há de mais moderno em gestão de resíduos hospitalares e de saúde. Na CTR trabalham aproximadamente 60 funcionários da Loga, profissionais especialmente treinados como agentes ambientais.

O sistema de ponto eletrônico através da impressão digital (biometria), foi a novidade que a comitiva foi conhecer no Instituto do Câncer de Estado de São Paulo, onde trabalham 327 profissionais da limpeza, funcionários da empresa Centro.  Surpreendidos pelos números contabilizados pelo Icesp, a organização e profissionalismo do serviço prestado diuturnamente, eles compararam a realidade brasileira com a da Bélgica.

A sindicalista Anninck de Ruyver contou que embora em alguns setores de trabalho já exista o controle de presença através do telefone celular, os registros de horas ainda é parcial, principalmente devido à carga horária de trabalho dos profissionais da limpeza, de apenas quatro horas, que gera o trabalho informal. Na Bélgica, as equipes de limpeza trabalham em média 70 horas mensais, recebendo o equivalente a 13 dólares a hora.

Por isso, há muito “bico” para complementar a necessidade de serviços, que tem demanda maior do que a oferecida. O subemprego, então, ainda é um desafio no país no segmento do asseio e conservação.

Moacyr explicou ao grupo que no Brasil, devido às leis de trabalho rigorosas, todos os prestadores de serviço têm registro em carteira e os direitos garantidos. O Siemaco, ao lado das centrais sindicais, luta, neste momento, pela manutenção das regras que beneficiam os trabalhadores e que estão em risco com a proposta de reforma trabalhista,

O responsável pelo controle das horas, Jefferson Francisco Sousa, explicou que o trabalho é realizado diariamente e o relatório é enviado mensalmente para o Departamento de Recursos Humanos. O maior desafio é o controle dos atestados e declarações, que tem de ser feito manualmente e conferido. Segundo ele, o absenteísmo é grande, superando 15% ao mês.

“Os auxiliares de limpeza prestam um serviço essencial tanto para os pacientes quanto para as equipes de saúde e os visitantes do ICESP, salientou o diretor Fábio Cruz. “A higiene e a limpeza é prioritária num hospital onde há tantos agentes infectantes, perigo de contaminação e onde a saúde também depende do trabalho dos auxiliares de limpeza”, completou.

Finalizando o dia, o presidente do sindicato patronal, Rui Monteiro, recebeu os sindicalistas europeus na sede do Seac. Alí, puderam conferir detalhes das parcerias e negociações realizadas com o Siemaco. Por exemplo: as ações da Central de Cursos do Siemaco, que conheceram na quinta-feira (4).

Visita à Central de Resíduos e Serviços de Saúde: