Limpeza Urbana inicia os trabalhos da Campanha Salarial
Visando a transparência nas negociações, mais uma vez a diretoria do Siemaco convocou os trabalhadores para discutir todos os passos da Convenção Coletiva 2017/2018. Na quarta-feira (14) foi realizada a primeira reunião dentre a série de encontros, que acontecerão até a definição da proposta que será levada ao sindicato patronal (Selur).
Trabalhadores das empresas Ecourbis, Inova, Loga e Soma, mais uma vez lotaram o auditório do sindicato, comprovando a representatividade. O presidente Moacyr Pereira, ao lado da diretoria, explicou como funciona uma negociação, os objetivos, riscos e importância da participação de todos para garantir o resultado satisfatório esperado.
Lembrou que em ano de crise sempre é mais difícil atingir os objetivos, a dificuldade da negociação anterior e aproveitou para contextualizar o cenário político e econômico que o Brasil vivencia. Principalmente os riscos que o trabalhador enfrenta com a Reforma Trabalhista.
Entender para definir estratégias
“A classe trabalhadora está passando por uma situação bastante complicada. Muita gente está sem renda”, afirmou Moacyr, lembrando que o desemprego já afeta 14 milhões de brasileiros. Enfatizou depois que o mundo político está atingindo os sindicatos e os trabalhadores. “Os sindicatos são um estorvo na vida dos empresários”, justificou
Resumidamente, explicou os principais pontos da proposta de Reforma Trabalhista (PLC 38/2017), em analise no Senado Federal, que exclui direitos e limita a ação sindical. “A resistência do movimento sindical não é pela reforma em si, que precisa ser feita, mas pela manutenção dos direitos dos trabalhadores”, afirmou. Ressaltou que muitas dentre as mudanças geram brechas para perdas maiores, no futuro.
Salientando que a palavra do dia é “negociação”, Moacyr garantiu que as centrais sindicais estão dialogando com o governo pelos direitos dos trabalhadores e que o Siemaco defenderá a melhor Convenção Coletiva para a categoria da Limpeza Urbana, em São Paulo. Finalizou convidando todos a multiplicarem as informações para os colegas e para participarem ativamente das discussões.
Cleber Costa Pontes, coletor da Ecourbis Leste, foi taxativo: o sindicato pode contar comigo, pois virei a todas as reuniões. “Esta é uma instituição que luta pelos nossos direitos”. O colega Genival Soares dos Santos argumentou: os jornais e a televisão não falam o que eu ouvi aqui. Sem o sindicato, a nossa vida seria muito pior!
Para o angolano Nzuzi Molo João Armindo, ajudante de serviços diversos da Inova, foi um dia e experiência diferente. Ele foi a reunião a convite da varredora Maria Pelágio dos Reis Davi, veterana que está sempre presente nos eventos e negociação do sindicato. “Na próxima reunião estaremos aqui novamente”, garantiram.