Sindicatos definem Convenção Coletiva de Trabalho com conquistas inéditas e aumento acima da inflação para a Limpeza Urbana

 Sindicatos definem Convenção Coletiva de Trabalho com conquistas inéditas e aumento acima da inflação para a Limpeza Urbana

Numa das mais difíceis negociações, os sindicatos dos trabalhadores (Siemaco e Steriiisp) e patronal (Selur) firmaram na tarde de sexta-feira (28), os termos da Conveção Coletiva 2018 da Limpeza Urbana. Os trabalhadores terão garantido o poder de compra, com aumento real acima da inflação do período e benefícios (4% nos salários, 5,5% no Vale Alimentação e 6% no Vale Refeição/Desjejum). A CCT tem validade retroativa, a partir da data-base da categoria, 1o de setembro.

A negociação entrará para história do Siemaco com as conquistas do fornecimento do Desjejum e o Adicional e Insalubridade (10% para as equipes de Ajudantes de Serviços Diversos).  Este benefício está condicionado e será válido a partir da assinatura do novo contrato de prestação de serviços indivisíveis de varrição entre as empresas e a prefeitura de São Paulo, abrangendo todas as empresas (novas e antigas).

O adicional de insalubridade é uma reivindicação antiga da diretoria sindical, negociada como ponto de honra e finalmente aceita pelos patrões. Isso porque os trabalhadores são expostos aos mesmos riscos dos Coletores e Varredores, que já contam com o adicional de insalubridade. Já o Desjejum foi o ítem mais negociado da pauta de reivindicações. Os sindicatos entendem ser fundamental e um avanço importante, pois os trabalhadores enfrentam uma rotina dura de trabalho, muitas vezes sem a refeição matinal.

Está na Convenção Coletiva de Trabalho tem força de lei

Durante a negociação, que se desenvolveu em quatro reuniões entre o Siemaco, o Steriiisp (motoristas) e o Selur (empresas), o presidente do Siemaco, Moacyr Pereira, por diversas vezes usou o argumento da liberdade que a nova legislação trabalhista garante às negociações entre as partes, através da validade do “negociado sobre o legislado”. Esta postura foi fundamental para que as empresas entendessem que as partes tinham força e voz para firmar o melhor para os trabalhadores.

A ultima rodada de debate durou praticamente 24 horas. Foram quatro reuniões até a decisão final. O poder de negociação dos sindicatos dos trabalhadores, inclusive, foi explicitado pelo presidente do sindicato patronal: Esta categoria é abençoada pela liderança que os representa, afirmou Márcio Matheus.

“Saímos todos fortalecidos desta negociação”, respondeu Moacyr. Todo o processo foi acompanhado por cerca de 200 trabalhadores, que participaram da negociação e validaram o resultado, aprovando por unanimidade a CCT 2018.

Confira os principais conquistas:

–  Reajuste salarial e benefícios acima da inflação; 4% com base no INPC);

– Reajuste do Vale-Alimentação: 5,5%, com base no INPC;

– Concessão do desjejum (pago junto com o tíquete-alimentação): 6% no total, com base no INPC; 

– Reajuste de 4 % no aluguel de veículos próprios de fiscais e líderes;

– Aumento no seguro de vida: equivalente a sete (7) pisos salariais do varredor/motorista em 2018 e oito (8) salários mínimos em 2019; 

– Maior participação das empresas no custeio do Plano Odontológico: 85% empresas e 15% trabalhadores;

– Adicional de insalubridade para as equipes de Ajudantes de Serviços Diversos ( 10%, com pagamento a partir do próximo contrato de prestação de serviços indivisíveis de varrição);

– Manutenção de todas as cláusulas das Convenções Coletivas de Trabalho anteriores.