Jovens e mulheres são pauta da UGT Estadual para aumentar a liderança e representação sindical
Como atrair os jovens (trabalhadores e estudantes) e mulheres para o mundo sindical? Este foi o novo desafio assumido pela Secretaria da Juventude do Siemaco, durante o “Encontro de Mulheres e Jovens da UGT São Paulo”, realizado na terça-feira, no auditório do sindicato.
A política econômica, social – ou a falta dela – e as eleições 2018 direcionaram os trabalhos de mais de uma centena de líderes de sindicatos do Estado de São Paulo filiados à UGT. Foi um dia de aprendizado, reflexão e muito trabalho, que levará a construção planos de ações para os Coletivos dos Jovens e das Mulheres .
O objetivo deste encontro é definir proposições que norteiem para inserção e realização dos anseios da juventude e mulheres trabalhadora”, resumiu Daniela Sousa, que está a frente da Secretaria da Juventude do Siemaco. Joice Ribeiro, da Secretaria da Mulher da UGT, ao conduzir as atividades, afirmou que os caminhos para a inserção serão definidos coletivamente.
Conhecendo a história para encontrar caminho
Demonstrando que as gerações devem atuar juntas em prol da construção de uma sociedade mais justa e igualitária, duas palestrantes provaram que o presente começa aonde o passado não conseguiu mais avançar e que o futuro será a consequência das derrotas e vitórias vivenciadas. Com mais de 70 anos de experiência e luta pela democracia, a tragetória de Liege Rocha mostrou total sinergia com a busca de Mariana Lemos, de pouco mais de 20 anos.
“A subrepresentação das mulheres nos espaços de poder decisórios é hoje crucial para a construção das verdadeira democracia! Somos a maioria do colegiado brasileiro e responsáveis preponderantes no processo eleitoral. A nossa trajetória é de luta histórica: somos Belas e Revolucionárias!”, argumentou Liege Rocha, secretária nacional do PCdoB e ativista do MBM (Movimetno Brasilerio de Mulheres)
“O que nos forja é a nossa história de luta, pois as elites não pensam num modelo para a nação, que foi construída como uma mercadoria… Muita gente morreu para andarmos livres (e sem armas) nas ruas hoje!”, disse Mariana Lemos, militante do Levante Popular e Uni (União Nacional dos Estudantes).
Juventude sindical não é indicador de futuro, mas agente do presente
Coordenado pela Secretárias de Organização da UGT Jovem, Mulher e Juventude, respectivamente Débora Ferreira Machado, Kasmere Bezerra de Souza e Daniela Sousa, o evento foi prestigiado pela etlite da liderança sindical: Ricaro Patah (presidente da UGT Nacional), Amauri Mortágua, presidente interino da UGT Estadual, Roberto Santiago, presidente da Femaco e vice-presidente da UGT Nacional e Moacyr Pereira, presidente do Siemaco e diretor-financeiro da UGT Nacional entre outros.
Patah lembrou a presença das mulheres no mundo do trabalho e salientou o trabalho realizado pelos jovens ugetistas. Alertou, porém, que o resultado das eleições impactará imediatamente no presente e futuro não apenas destes, mas de toda a classe trabalhadora. “É preciso praticar o voto consciente. Juntos, solidários e conscientes, poderemos mudar o Brasil no dia sete de outubro”.
“Neste país o jovem sempre é remetido ao futuro, mas é na luta presente que se conquista o futuro”, disse Amauri Mortágua,. Para ele, o sindicalismo precisa das ideias e ações dos jovens e mulheres, e o conhecimento será compartihado com os mais velhos e vice-versa. Também ser vital aumentar a representação sindical na política e círculos do poder.
“Os jovens vieram para oxigenar o movimento sindical”, explicou Moacyr. O Siemaco, inclusive foi pioneiro ao criar a Secretaria da Juventudo, em 2015. Quanto às mulheres, lembrou que são a maioria entre os trabalhadores representados pelo sindicato e têm presença consolidada na diretoria sindical.
Roberto Santiago garantiu que “as barreiras impostas pela sociedade aos trabalhadores, inclusive jovens e mulheres, têm reflexo nos sindicatos, mas que os movimento sindical tem capacidade para promover respostas”. Alertou que o modelo político brasileiro não interessa ao conjunto da sociedade.
É na construção coletiva que a juventude e as mulheres delinearão os caminhos e forjarão os seus espaços
Após a contextualição do cenário histórico e atual, tanto social quanto político, os sindicalistas colocaram a mão na massa. Ou melhor, ativaram as mentes em busca de soluções práticas. Eles foram divididos em dois grupos e debateram propostas para a criação de uma linha mestra de trabalho, que serão formalizadas através da formação de dois coletivos: Juventude e Mulheres.
Resumidamente, a educação foi um dos tópicos mais citados, além da necessidade de aproximar os sindicatos da base e sociedade para formar novas lideranças sindicais. Para os jovens, o desafio de garantir a entrada no mercado de trabalho e espaços de poder; para as mulheres, estrutura de apoio nas instituições e empresas que possibilizem maior engajamento.
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