Evento da UNI Juventude discute resistência às políticas de retiradas de direitos no Brasil

 Evento da UNI Juventude discute resistência às políticas de retiradas de direitos no Brasil

União da juventude, criando novas lideranças em defesa da sociedade e da classe trabalhadora brasileira. Esse foi o ponto central da III Oficina da Rede UNI Juventude Brasil, que ocorreu nesta quinta-feira (22), em São Paulo, no auditório do SIEMACO São Paulo. O evento, realizado pela Rede UNI Juventude Brasil, com o apoio da União Geral dos Trabalhadores dos Estado de São Paulo (UGT-SP), reuniu cerca de 60 pessoas de vários movimentos sindicais e sociais, entre eles o Levante Popular da Juventude, a União dos Negros pela Igualdade (Unegro), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), UNI Américas, membros de centrais sindicais e sindicatos brasileiros e internacionais.  

A diretora do SIEMACO-SP e Secretaria Estadual de Juventude da UGT-SP, Daniela Sousa, foi a organizadora do evento e recepcionou todos os presentes, encaminhando a palavra para os debates e grupos de discussão. “É muito gratificante receber tantos jovens com ideias novas, oxigenando os movimentos sociais. E a qualidade dos debates foi impressionante”, comemorou.

O presidente da UGT-SP, Amauri Mortágua, endossou as palavras da colega e reforçou os ataques que o movimento sindical vêm sofrendo com o atual governo. “Medidas provisórias, reformas e posicionamentos deste governo mostram que precisamos resistir, pois estamos vivendo retrocessos centenários em poucos anos”, alertou.

Moacyr Pereira, presidente do SIEMACO-SP, abriu as falar agradecendo a presença de todos e todas, ressaltando o esforço do sindicato para levar jovens ao sindicalismo. “Queremos que essas pessoas entendam a dinâmica que existe na estrutura sindical e se unam, pois o Brasil e o mundo passam por movimentos de direita, do capital contra o trabalho, muito forte. Os jovens têm oportunidade de entrar para um movimento sindical mais maduro e diferente”, disse.

Entre as falas, a dirigente do Sindicato dos Bancários e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Adriana Magalhães, exemplificou a ascensão da esquerda na Presidência do Brasil. “Em 2002, foi colocada na agenda do governo federal a juventude, e isso fez toda a diferença para essa nova geração, e com isso participei na organização do sindicalismo internacional. Essa vivência na juventude me permitiu hoje estar na direção executiva da CUT”, explicou.

“Precisamos pensar no coletivo e entender que o pensamento individualista, de só fazer algo se tivermos um benefício em troca, é tudo o que o capital quer. Somente com apoio, com união da sociedade iremos resistir”, explicou Gabriel Someone, dirigente do MTST.