Decretos de Doria e Covas tornam obrigatório o uso de máscaras no transporte público em São Paulo

 Decretos de Doria e Covas tornam obrigatório o uso de máscaras no transporte público em São Paulo

Decreto publicado na manhã desta quinta-feita (30/04) no Diário Oficial do Estado de SP, torna obrigatório o uso de máscaras, podendo ser de tecido, nos transportes públicos, carros de aplicativos (como Uber) e táxis em São Paulo. Apesar do decreto já abranger todo o estado paulista, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, também assinou decreto igual, enfatizando a determinação para a cidade de São Paulo, como medida para diminuir a circulação do coronavírus.

A medida valerá a partir do dia 4 de maio para passageiros do Metrô, da Companhia  Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e de ônibus intermunicipais administrados pelo governo do Estado de SP. Segundo o governador, valerá também para os carros de aplicativos e táxis, em que tanto o motorista quanto o passageiro deverão fazer uso do equipamento. Com essa medida, o governador pretende diminuir a propagação do coronavírus em São Paulo.

“As empresas serão fiscalizadas pelos órgãos municipais e estaduais. Elas serão advertidas se percebermos que não estão cumprindo essa determinação, sejam elas públicas ou privadas. Depois da advertência, elas poderão ser multadas”, disse Doria. Pelo decreto municipal, a multa poderá ser de R$ 3,3 mil por dia, para cada ônibus que tiver pelo menos uma pessoa sem máscara, explicou o prefeito de São Paulo, Bruno Covas. 

“Todos os motoristas de aplicativos e de táxis deverão obrigatoriamente, a partir de 4 de maio, estarem trabalhando com máscaras e todos os usuários também deverão usar máscaras. O motorista está apto a negar corrida ao passageiro que não estiver portando máscara”, completou Doria.

Hospital de campanha

Doria disse também que será inaugurado na próxima sexta-feira (1º/5) um novo hospital de campanha, no Ginásio do Ibirapuera, com 268 leitos. Com ele, a cidade de São Paulo passará a contar com três hospitais de campanha. Os outros dois, já inaugurados, ficam no Anhembi e no estádio do Pacaembu. Com isso, São Paulo terá 2.268 novos leitos para o tratamento do coronavírus nos hospitais de campanha.

Os hospitais de campanha foram criados para atender pacientes com coronavírus em situação de baixa ou média complexidade. Esses hospitais têm portas fechadas: os pacientes só chegam a eles transferidos de outras unidades.

Respiradores

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou também a compra de três mil respiradores junto à China, ao custo de R$ 550 milhões. A partir deste fim de semana, eles começarão a ser distribuídos nos hospitais públicos.

A aquisição foi feita em caráter emergencial e permitirá a ampliação de aproximadamente 50% do número de ventiladores mecânicos já existentes no Sistema Único de Saúde (SUS) de São Paulo. Até agora, estão disponíveis 6,3 mil equipamentos do tipo, conforme registros no Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde (CNES). Foram adquiridos respiradores de dois tipos: dois mil ventiladores pulmonares do modelo SH300 e mil ventiladores para anestesia COMEN AX400.

A previsão é que os primeiros 500 respiradores cheguem a São Paulo no fim desta semana, sendo instalados no complexo do Hospital das Clínicas e outras unidades de referência da covid-19 na capital. Até o fim de maio, a previsão é de que 500 unidades sejam entregues a cada semana para hospitais de todas as regiões do Estado de SP.