UNI Global promove seminários para discutir o futuro mundo do trabalho para os jovens em tempos de pandemia
Nesta terça-feira (28/07) jovens de todos os continentes debateram a respeito do tema: “Novo normal, ampliando vozes dos trabalhadores jovens durante e além da pandemia da Covid-19”.
Os jovens sempre foram os mais afetados com as mudanças no mundo do trabalho. Neste período da pandemia causada pelo novo coronavírus, que tem infectado e causado a morte de milhares de pessoas que adoeceram por conta da Covid-19, não tem sido diferente. Além da falta de vagas, eles têm sofrido ainda mais com redução de salários, empregos precários e muita informalidade.
Para Daniela Sousa, que compõe o Comitê de Jovens da UNI Américas e é diretora no SIEMACO-São Paulo, a situação atual é bastante preocupante. “Diante desse cenário, mais do que nunca devemos manter os trabalhadores organizados, não apenas sindicalizados. Não devemos permitir que os trabalhadores sejam castigados com redução de salários e retirada de direitos. A pandemia não deve nos impedir de agir, temos que continuar a lutar pelos trabalhadores, garantir que a demanda vinda dos trabalhadores seja ouvida”, disse.
Outro ponto discutido no seminário se refere às negociações coletivas, visto que os setores patronais irão justificar que estão sendo afetados com a pandemia. “Agora, mais do que nunca, teremos que continuar lutando com campanhas junto com os trabalhadores”, completa Daniela.
Um dos grandes desafios da atualidade é passar de uma luta sindical para uma luta social, como no caso das mulheres, que ainda ganham menores salários.
“Estamos elaborando o ‘novo normal’, porém temos que garantir que esse ‘novo normal’ respeite os direitos trabalhistas e que a recuperação econômica não seja alicerçada na retirada de direitos dos trabalhadores, e sem largos prejuízos à juventude”, finaliza ela.