SIEMACO São Paulo participa da Conferência Regional da UNI Global Américas em Fortaleza, que reúne 24 países
Referência em sindicalização e trabalho de base, o SIEMACO São Paulo enviou uma delegação com seis membros da sua diretoria para Fortaleza (CE), onde participa da 3ª Conferência Regional UNI Américas Serviços à Propriedade, nesta terça-feira (28), e da 5ª Conferência Regional da UNI Global Américas, nos dias 29 e 30 de junho.
Com o tema ”Vamos defender nossos direitos e construir nosso futuro”, 600 líderes sindicais, representando 24 países e 124 organizações sindicais, se reúnem com um objetivo: discutir a atual conjuntura política e sindical na América Latina, construindo uma agenda ousada, que canaliza o poder dos trabalhadores para fortalecer a democracia, ampliar os direitos humanos e consolidar a justiça social, ambiental e econômica.
O presidente do SIEMACO São Paulo, André Santos Filho, discursou nesta terça-feira (28), na abertura do evento, ressaltando a importância da união sindical e da união internacional sindical. “Precisamos dividir dificuldades e somar boas experiências. Estamos aqui para debater um momento delicado da América Latina, principalmente do Brasil, com um presidente que acha o trabalhador um problema e quer, a todo custo, retirar nossos direitos conquistados com décadas de luta sindical. Por isso essa mobilização internacional é de extrema importância”, disse André Santos.
No local, estavam ainda a Secretária Geral, Márcia Adão, a diretora social, Daniela de Sousa, o diretor de planejamento, Elmo Nicácio (Lagoa), a diretora sindical, Silvana Souza, e o diretor Tesoureiro, Moacyr Pereira, que também é presidente da CONASCON, confederação do Asseio e Limpeza Urbana a qual o SIEMACO-SP é filiado. “Muitos projetos que implantamos nos sindicatos filiados à CONASCON vieram de exemplos de outros países. Assim como muito do nosso trabalho de base, que é uma referência para o mundo todo, serve de modelo para entidades internacionais. Essa mentalidade é que nos faz resistir e criar novos caminhos para o sindicalismo”, colocou Moacyr.
Nesta terça, os representantes brasileiros também ganharam destaque no sindicalismo global. Moacyr Pereira foi eleito presidente do Comitê Diretivo UNI Américas Serviços a Propriedade. “Agradeço a confiança que a UNI Global depositou em mim. É um grande desafio, que aceito com muito orgulho”, concluiu.
O evento está dividido em diversas temáticas diferentes. O presidente André Santos e os diretores Moacyr Pereira, Elmo Nicácio e Silvana Souza estão acompanhando a temática Serviços a Propriedade. “É uma oportunidade única de falarmos com sindicalistas da mesma categoria que a gente, que passam pelos mesmos problemas, mas em outros países. Dá pra ver que não estamos sozinhos, que juntos somos muito mais fortes”, disse Elmo Nicácio.
“É uma experiência e um aprendizado sem igual. Estamos sempre buscando novidades e soluções para melhorar nossa representatividade com as categorias que representamos. Esse diálogo entre todos os países fortalece nosso trabalho”, completou Silvana Souza.
A diretora Daniela Sousa participa da temática Juventude e Serviço. Ela afirma que está bastante entusiasmada com a energia do evento. “Está sendo uma experiência única e de extrema importância para a formação da juventude. O momento exige que estejamos atualizados com relação ao novo mundo do trabalho e nós jovens precisamos ser protagonistas na construção desse novo mundo”, disse.
No comitê de Mulheres, que o SIEMACO-SP participa representado pela diretora Márcia Adão, estão sendo debatidos diversos temas, como assédio no mundo do trabalho, desafios para as trabalhadoras em período de pandemia, o impacto do tele trabalho para as mulheres, organização para avanços e principalmente a ratificação da convenção 190 da OIT e sindicalização em setores altamente feminizados. “É uma experiência extremamente importante, pois estamos vivendo uma época de muitos ataques aos direitos das mulheres. E nós, trabalhadoras, precisamos nos unir para mitigar o avanço dessa agenda conservadora e que quer retirar nossas conquistas”, avaliou Márcia Adão.