Falta de visto para a Austrália tira ex-coletor do Mundial de Cross Country

O corredor e ex-coletor Fábio Jesus Correia, que apesar de ter saído da EcoUrbis recentemente para se dedicar 100% ao atletismo, mas não deixou de representar a categoria da Limpeza Urbana, infelizmente está fora do Mundial de Cross Country, onde representaria a seleção brasileira na Austrália. Um problema com a emissão dos vistos – tanto dele quanto do técnico e outros atletas – jogou um “balde de água fria” na equipe.

Fábio Correia deixou a EcoUrbis e fez sua homologação no SIEMACO São Paulo há 15 dias, após conquistar a melhor colocação de um brasileiro (4º lugar) na 97ª Corrida de São Silvestres, em dezembro do ano passado, e também depois de garantir sua classificação para o torneio internacional ao vencer o Campeonato Sul-Americano de Cross Country, em Poços de Caldas (MG), em janeiro de 2023.

Por causa do problema com os vistos, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) decidiu cancelar a participação brasileira na competição, que começará nesta sexta (17). Os atletas estavam com viagem marcada para esta segunda-feira, 13 de fevereiro, mas não conseguiram embarcar por conta da falta de visto.

Segundo o UOL Esporte e o GE, o visto de Fábio foi negado com a justificativa de que o atleta talvez “tivesse interesse em não retornar da Austrália após a competição”, mesmo Fábio tendo uma carta convite da World Athletics, a federação internacional de atletismo.

O treinador de Fábio, Elvis Conceição de Santana e outras duas atletas, Maria Lucineida Moreira e Gabriela de Freitas Tardivo, também não conseguiram a autorização para entrar em solo australiano a tempo de embarcar no voo.

“Os três ficaram com o processo de visto ’em análise’ até o dia que a viagem estava planejada, o visto foi confirmado apenas cinco minutos antes da decolagem do voo em que estavam previstos embarcar. Por conta de não terem o visto confirmado durante o processo de embarque, a companhia aérea não permitiu a viagem”, informou o GE.

Ainda segundo os dois portais de notícias, os três atletas brasileiros que se classificaram para o Mundial tinham passagens aéreas e hospedagem bancadas pela World Athletics, já que foram campeões de área. De acordo com a CBAt, o trâmite dos vistos foi iniciado logo após o Campeonato Sul-Americano, que aconteceu no dia 22 de janeiro. Integrantes da delegação acreditam que o principal motivo da demora dos vistos foi o curto prazo entre o pedido e a data do Mundial.

A CBAt ainda afirma que fez tentativas diretas com o Consulado Australiano em São Paulo, a Embaixada em Brasília e o Ministério de Relações Exteriores do Brasil, mas os atletas não conseguiram embarcar rumo à Austrália.

Fábio Correia ficou bastante abalado e muito triste com toda a situação. “Infelizmente aconteceu esse problema com o visto, pois o tempo (para obtê-lo) foi muito curto. Mas já são águas passadas, agora vamos focar nas próximas competições que estão por vir. Tudo no tempo de Deus, com paciência. A gente fica chateado, mas são os obstáculos da vida e que devem ser superados”, disse o ex-coletor.  

Os próximos objetivos do atleta são as competições do Troféu Brasil de Atletismo, em Cuiabá (MT), e o Sul-Americano de pista em São Paulo (SP). Fábio sonha com uma vaga no Pan-Americano, que acontecerá em outubro, no Chile.

* Pelos jornalistas Alexandre de Paulo (MTB 53.112/SP) e Fábio Busian (MTB 81.800/SP)

**Com Informações do Globo Esporte (GE) e Portal UOL