Ricardo Patah é reeleito para a presidência da UGT nacional; diretor e diretoras do SIEMACO-SP compõe a chapa
O 5º Congresso Nacional da UGT, “Democracia, Paz e Trabalho”, que aconteceu São Paulo nos dias 08 e 09 de maio, realizou nesta terça-feira (9) a eleição da nova diretoria executiva da central, a qual reconduziu Ricardo Patah à presidência da entidade. Moacyr Pereira, secretário de Finanças da UGT Nacional, presidente da CONASCON e diretor-tesoureiro do SIEMACO-SP; Márcia Adão, secretária adjunta para Assuntos de Acessibilidade da UGT e secretária-geral do SIEMACO-SP; e Silvana Souza, diretora do SIEMACO-SP e também secretária adjunta para Assuntos de Acessibilidade da UGT compõem a chapa eleita.
O SIEMACO-SP, liderado pelo presidente André Santos Filho (vice-presidente da FEMACO), participou em peso do evento, com diversos diretores, coordenadores e assessores. “Esse congresso aconteceu num momento oportuno, porque a gente vem da eleição do presidente Lula, que é oriundo do berço sindical e que ajudamos a eleger. Confesso que esperava um pouco mais de debates, mas o tempo é curto. Tivemos mais de mil delegados de todos os estados do Brasil. Considero um marco importante e muito proveitoso para recarregar a bateria. Estávamos apreensivos com o desastroso governo anterior e agora podemos dizer que a esperança venceu o medo”, disse.
André ressaltou a relevância da presença do ministro do Trabalho e Emprego Luiz Marinho. “O ministro Marinho veio na abertura e já marcou a primeira reunião para debater o projeto que as centrais desenvolveram em conjunto com o Clemente do DIEESE e que busca o fortalecimento das negociações coletivas. Precisamos levar às bases que estamos vivendo um novo momento; precisamos estar juntos dos trabalhadores e trabalhadoras, precisamos conhecer, identificar e lutar pelos pontos sensíveis apontados por eles”, completou.
Moacyr Pereira enalteceu o trabalho desenvolvido, parabenizou a direção da UGT Nacional e se disse esperançoso com o futuro. “Parabéns ao novo corpo diretivo da UGT Nacional. São nomes fortes, que mostram a importância na nossa central sindical. Tivemos um evento cheio, com a presença de dois ministros e de lideranças importantes de todo o país. Saio feliz e com a certeza de dias melhores para o Brasil e para os trabalhadores e trabalhadoras”, disse o secretário de Finanças.
Márcia Adão atribuiu a maior conquista, sem dúvida, para as mulheres. “Foi muito bom ver que depois da pandemia a gente conseguiu reunir mais de mil sindicalistas, isso é importantíssimo para o movimento, porque demonstra a força que temos. A UGT é considerada a segunda maior central sindical, o que por si só já é uma posição relevante. Mas a maior vitória foi para as mulheres, com no mínimo 30% de participação nos cargos de liderança e com poder de decisão. Houve uma conscientização, o que é importante, mas queremos a paridade, com 50% de participação”, disse a secretária de Acessibilidade.
Silvana Souza destacou as ações inclusivas da UGT em prol dos diferentes atores que compõem a sociedade. “Desde 2015 participo de diversas ações voltadas para inclusão da Pessoa com Deficiência (PcD) no mercado de trabalho formal. Ser escolhida para fazer parte da Secretaria de Inclusão é um presente. Sabemos o quanto a UGT é participativa e ativa nos movimentos de inclusão racial, de gênero e da PcD, entre outros. Acredito que todos sejam iguais perante a lei, mas lutamos para que a lei seja igual perante a todos”, disse a também diretora do SIEMACO-SP.
A UGT Nacional informa que diretoria eleita, que estará à frente da entidade pelos próximos quatro anos, contempla a maior representação de mulheres da central, tendo duas mulheres na vice-presidência, além de uma maior composição nas secretarias ugetistas.
De acordo com Ricardo Patah, a chapa eleita é a chapa da unidade e da construção de um Brasil melhor. “Foram três dias, contando com o seminário Internacional e os dois dias de debate, que a meu ver foram muito acima das expectativas, porque o Brasil está presente aqui: do Norte ao Nordeste, do Centro-Oeste, do Sul e do Sudeste, por isso nós temos a cara do povo brasileiro. Eu agradeço muito ao Roberto Santiago pela direção que, juntamente com a Cássia, teve aqui no nosso congresso. Foi um congresso de disputa, mas um congresso leve, no sentido de trazer a solidariedade e a compreensão do Brasil que queremos construir. A fala do companheiro Chiquinho sintetiza o que todos aqui pensam: um Brasil que é solidário, mas que está ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras, das mulheres negras, que são justamente o que dá a dimensão da escolha da UGT no caminho da inclusão social, da não-discriminação e fazendo com que a educação, qualificação e valorização do emprego sejam a prioridade”, disse o presidente da UGT Nacional.
Veja abaixo a composição da diretoria da UGT Nacional:
Ricardo Patah – Presidente
José Roberto Santiago Gomes – 1º Vice-Presidente Executivo
Antonio Carlos Dos Reis – Vice-Presidente
Enilson Simões De Moura – Vice-Presidente
Laerte Teixeira Da Costa – Vice-Presidente
Luiz Carlos Motta – Vice-Presidente
Eleuza De Cássia Bufelli Macari – Vice-Presidente
Cleonice Caetano de Souza – Vice-Presidente
David Zaia – Vice-Presidente
José Roberto da Silva – Vice-Presidente
Francisco Canindé Pegado Do Nascimento – Secretário Geral
José Moacyr Malvino Pereira – Secretário De Finanças
Francisco Pereira De Sousa Filho – Secretário De Organização, Formação Sindical e Política
Segundo a direção da UGT Nacional, a relação completa da diretoria eleita será publicada em breve no site da entidade.
Delegados e delegadas fizeram homenagem aos profissionais da saúde
Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, fez questão de prestar, juntamente com os sindicalistas, uma homenagem aos profissionais de saúde presentes ao congresso. Ele falou da importância de fortalecimento a da necessidade de valorização efetiva dos profissionais da saúde, adiantando para o plenário do Congresso que, partir desde ano de 2023, a Central focará esforços também para conquistar o piso salarial da educação.
Edison Laércio de Oliveira, Secretário Para Políticas De Saúde da UGT, ressaltou a atuação dos (as) trabalhadores (as) da saúde durante a pandemia de Covid-19 e foi contundente ao enfatizar o piso salarial da categoria de enfermagem que, neste momento, segue em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Dois ministros participaram da abertura do 5º Congresso Nacional
Na abertura do seu 5º Congresso Nacional, na manhã desta segunda-feira (08), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) reuniu em São Paulo mais de mil sindicalistas de todos os estados da federação e contou com a participação de dois ministros, Luiz Marinho, Trabalho e Emprego, e Marcio França, Portos e Aeroportos do Brasil.
Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, disse durante a abertura dos trabalhos que o local escolhido para a realização do Congresso não foi por acaso, já que foi o lugar onde aconteceu a 3ª Conclat (Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras), em 2022, e o início das ações que culminaram no fora Bolsonaro.
O líder ugetista ressaltou as dificuldades que o movimento sindical enfrentou nos últimos sete anos, principalmente com mudanças profundas no mundo do trabalho e que, com a fundamental contribuição das mulheres e, em especial, da população do norte e do nordeste brasileiro, o fascismo foi derrotado. “Estamos com um governo que nos trouxe a esperança da inclusão social, do fim da discriminação racial, da igualdade de oportunidade”.
O ministro Marcio França citou seus netos e disse que luta para que a sociedade que espera deixar para eles seja mais harmônica entre todas as pessoas, enfatizando que o Brasil está voltando à democracia de fato, justamente porque agora este governo respeita as pessoas que divergem, o que nos últimos anos ganhou uma conotação de ódio, repulsa e até mesmo extermínio. “Imagina como seria chato se todos fossemos iguais, se todos torcêssemos para um mesmo time”, exemplificou.
Marcio França agradeceu o convite de participar da abertura e fez uma referência a diversidade do congresso, com grandes delegações de todos os estados brasileiros, em especial do Norte e do Nordeste.
Eleuza de Cássia Bufelli Macari, vice-presidente da UGT fez o lançamento da Campanha Mulheres para Avançar, que busca o fortalecimento do regimento interno da entidade que diz:
• Regimento Interno ARTIGO 18 – A(s) chapa(s) será(ão) entregue(s), por um representante, ao Presidente da Mesa da Sessão Plenária de Eleição, nos primeiros quinze minutos a partir da instalação da mesa.
• E) Estarem integradas, no mínimo, por 30% de mulheres.
O ministro Luiz Marinho ressaltou que é preciso haver unidade entre o movimento sindical, ressaltou a importância das ações sindicais que já contribuíram para o aumento do salário-mínimo e lembrou que a reforma trabalhista precisa ser revista, para corrigir excessos.
Apoio à sindicalização de funcionários da Starbucks nos EUA
Os delegados e delegadas presentes receberam kits da campanha da Campanha em apoio à sindicalização de funcionários da Starbucks dos Estados Unidos, contando com o relato de Lydia Fernandez, que é barista da Starbucks na Filadélfia, Pensilvânia, Lydia explicou que os (as) trabalhadoras norte-americanos estão se mobilizando para organizar sindicatos sem o receio de sofrer algum tipo de represália e que a solidariedade mundial que está ocorrendo, em especial as ações do Brasil, são fundamentalmente importantes para o conjunto das ações realizadas pelos (as) trabalhadores (as) nos Estados Unidos.
* Pelos jornalistas Alexandre de Paulo (MTB 53.112/SP) e Fábio Busian (MTB 81.800/SP), com informações da UGT Nacional. Fotos: Alexandre de Paulo/ASCOM/SIEMACO-SP