SIEMACO-SP comemora vitória de Fernanda Torres e lembra: “Arte e luta caminham juntas”
A vitória de Fernanda Torres no Globo de Ouro 2025 como Melhor Atriz em Filme de Drama por sua atuação em “Ainda Estou Aqui” é um marco que transcende o cinema. Dirigido por Walter Salles, o filme conta a história de Eunice Paiva, uma mulher que enfrentou a ditadura militar em busca de respostas sobre o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva. A produção não é apenas uma obra-prima artística, mas também uma homenagem àqueles que lutaram pela verdade, pelos direitos humanos e pela democracia no Brasil.
“Ainda Estou Aqui” resgata um dos períodos mais sombrios da nossa história e nos lembra do custo da liberdade. A atuação de Fernanda Torres transmite, com força e sensibilidade, o peso da coragem e do amor por justiça, transformando a narrativa em um ato de resistência que ecoa até hoje.
A Luta Sindical e a Memória Histórica
A história retratada no filme também carrega profundas conexões com a luta sindical, que foi essencial durante o período da ditadura militar. Os sindicatos, mesmo sob constante repressão, atuaram como bastiões de resistência para garantir direitos básicos e dar voz a trabalhadores que, assim como Eunice, enfrentavam um sistema que tentava silenciá-los.
“Assim como a luta de Eunice Paiva foi um ato de coragem contra a repressão, os sindicatos foram, e continuam sendo, ferramentas fundamentais de resistência contra injustiças e opressões. Essa vitória no Globo de Ouro é um reconhecimento não só à arte brasileira, mas também à história de luta e sacrifício do povo trabalhador”, destacou André Santos Filho, presidente do SIEMACO-SP, que representa trabalhadores de limpeza urbana, asseio e conservação, áreas verdes e controle de pragas.
Durante os anos de chumbo, os sindicatos foram alvos de perseguição por sua organização e pela defesa de direitos. Apesar disso, permaneceram firmes na luta por um Brasil mais justo, sendo protagonistas na reconstrução democrática do país.
Arte e Luta Coletiva
A conquista de Fernanda Torres reforça o papel da arte como instrumento de transformação e resistência. Ao dar vida a uma história tão marcante, o cinema brasileiro reafirma sua capacidade de inspirar, educar e mobilizar a sociedade. O prêmio não é apenas um tributo ao talento de Fernanda, mas uma celebração da coragem e da memória de todos que enfrentaram a repressão para defender a liberdade.
“Esse prêmio é um orgulho para o Brasil e para os trabalhadores que, como Eunice Paiva, enfrentaram a invisibilidade e o descaso, mas nunca abandonaram a luta. Assim como a arte, o movimento sindical segue vivo, defendendo a dignidade e a história de quem constrói este país todos os dias”, afirmou André.
A vitória de Fernanda Torres é mais do que uma conquista pessoal ou artística. É um símbolo de resistência coletiva, uma homenagem à memória histórica e um lembrete de que a luta pela justiça nunca é em vão. “É com muito orgulho que o SIEMACO-SP parabeniza a atriz Fernanda Torres por dar voz à nossa história e inspirar a resistência de um Brasil que nunca desiste de lutar. Sua vitória é uma conquista para todos nós”, finalizou o presidente do sindicato.
*Por Fabiano Polayna – Mtb 48.458/SP – Foto: Golden Globes/Divulgação