Trabalhadores da Lume e Life seguem com paralisação em várias escolas municipais

 Trabalhadores da Lume e Life seguem com paralisação em várias escolas municipais

Os trabalhadores do Asseio e Conservação que prestam serviços para as empresas Lume e Life, que fazem parte do mesmo grupo e são responsáveis pela limpeza de diversas unidades de ensino municipal na capital paulista, seguem com suas atividades paralisadas desde sexta-feira (21). A mobilização ocorre em reivindicação por melhores condições de trabalho e pela regularização de pagamentos atrasados de benefícios.

A equipe da subsede Santo Amaro do SIEMACO São Paulo visitou, na manhã desta segunda-feira (24), as unidades afetadas em várias regiões da capital. Entre os locais impactados pela paralisação estão a Escola Municipal Tarsila do Amaral, EMEI João Negrão, EMEF Vianna do Amaral, EMEI Maria José Galvão, EMEF João Paulo XI, EMEF Eda Terezinha Chica Medeiros, CEU Paraisópolis, CEU Uirapuru e CEU Butantã.

Equipes da sede do SIEMACO-SP também visitaram outras regiões da cidade e identificaram os mesmos problemas em unidades como os CEUs Vila Nova Curuça, Parque São Carlos, Parque Veredas e Três Pontes, entre outros.

Os trabalhadores denunciam a falta de pagamento de férias, do Programa de Participação nos Resultados (PPR), do vale-alimentação e do benefício de assiduidade referentes aos meses de fevereiro e março. Além disso, apontam atrasos na troca de uniformes — que estão rasgados — e na reposição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como botas desgastadas, sem condições de uso. “Além dos atrasos aqui, têm colegas que saíram de férias e até agora não receberam. Queremos nossos direitos”, reclamou Sandra Regina dos Santos, Líder de Limpeza do CEU Uirapuru.

Veja o vídeo das denúncias clicando aqui

De acordo com Erick Lima, auxiliar de Limpeza no CEU Butantã, os atrasos impossibilitam a equipe de exercer suas obrigações. “Não veio nosso Vale Alimentação, o PPR também não. E o bonus da assiduidade, que é um direito que acabamos de conquistar, nem deram prazo pra pagar. Por isso, decidimos parar”, explicou o trabalhador.

João Carlos Lourenço, coordenador da assessoria na Subsede Santo Amaro, afirma qua data para os pagamentos já foi adiada três vezes. “Após a notificação da semana passada, prometeram pagar nesta segunda, 24/03, depois mandaram resposta ao nosso setor jurídico afirmando pagamento na quarta, 26/03, e agora tivemos acesso a um comunicado oficial interno estipulando pagamento na sexta-feira, dia 28”, alegou.

Atuação do SIEMACO-SP

Desde o início da paralisação, a equipe da subsede do SIEMACO-SP, liderada pela diretora Daniela Sousa, acompanha o caso, prestando apoio e orientação jurídica aos trabalhadores prejudicados. “Vamos continuar cobrando a empresa e dando total apoio para nossa categoria. E também queremos garantir que esses atrasos não se repitam. Por isso, acionamos a Secretaria Municipal de Educação. Quanto a mudanças nos prazos de pagamento, estamos vendo com nosso jurídico como proceder”, afirmou Daniela.

O departamento jurídico do sindicato encaminhou, na última sexta-feira (21), um ofício assinado pela diretora da subsede às empresas e à Secretaria Municipal de Educação, relatando a situação e cobrando uma solução urgente para as irregularidades.

O SIEMACO-SP segue acompanhando a situação de perto e reforça seu compromisso na defesa dos direitos dos trabalhadores do setor.

*Por Alexandre de Paulo (MTB 53112/SP) e Fábio Busian (MTB 81800/SP); Foto: Assessoria de Base/SIEMACO-SP