Siemaco buscará na Justiça solução para equipe e limpeza do Hospital do Servidor Público Estadual afastada do trabalho

 Siemaco buscará na Justiça solução para equipe e limpeza do Hospital do Servidor Público Estadual afastada do trabalho

Mais de 500 trabalhadores que cuidavam do Asseio e Conservação do Hospital do Servidor Público Estadual convivem com a incerteza e a ausência de recursos desde que a empresa Mopp perdeu o direito à prestação de serviços terceirizados na instituição. Em outubro passado, após licitação, a empresa Guima Conseco ganhou o contrato e assumiu o posto no  dia 20 de janeiro, após meses de disputa judicial.

O Departamento Jurídico do Siemaco já solicitou audiência emergencial na Justiça do Trabalho, intercedendo em favor dos profissionais. Eles não foram demitidos legalmente e aguardam a solução para o impasse em suas casas. A maioria absoluta, cerca de 95% deles, tem mais de uma década de vínculo empregatício.

Falta de recursos

Em reunião na subsede do Siemaco, em dezembro, os gestores da Mopp alegaram não terem recursos para quitar as despesas com a rescisão contratual. Em conversa com o diretor sindical Sergio Satomi e o coordenador jurídico sindical Márcio, alegaram que as faturas pagas pelo Iamsp (gestor do contrato) foram comprometidas com o pagamento das glosas (multas decorrentes a problemas na prestação de serviço). Afirmaram, contudo, que aguardam a resposta ao pedido de recuperação judicial, que salvaria a empresa da falência.

“Queremos que as contas da Mopp sejam apresentadas na Justiça”, explicou o advogado sindical, esclarecendo a real situação da empresa para traçar uma estratégia de quitação dos débitos com os trabalhadores. Apenas a para quitar as despesas com a rescisão contratual, segundo cálculos prévios feitos pelo sindicato, seriam necessários cerca de R$ 5 milhões.

O Siemaco espera definir no Ministério Público do Trabalho próximos passos que favoreçam os profissionais. Ou seja, aviso-prévio, baixa na carteira, rescisão dos contratos e pagamentos dos salários e benefícios devidos. 

Abandono

Apesar de ter perdido o contrato, a empresa Mopp entrou com liminar na Justiça pela manutenção da prestação de serviços. A disputa com a Guima Conseco se arrastou durante três meses, até que a empresa ganhou definitivamente o direito à prestação de serviços de Asseio e Conservação no Hospital do Servidor Público Estadual. Ao assumir o trabalho, na noite de 20 de janeiro, surpreendeu os trabalhadores da Mopp, que trocavam de turno.

Sem orientação do patrão, mas apoiados pelo Siemaco, mais de 500 pessoas dependem agora da decisão judicial. O sindicato está empenhado para encontrar a melhor solução, que minimize os problemas urgentes vivenciados. O Siemaco, contudo, buscará a solução definitiva, com a garantia que todos os direitos trabalhistas seja recuperados.