Ativistas femininas se unem contra a violência e a prevenção da dignidade e saúde das mulheres

 Ativistas femininas se unem contra a violência e a prevenção da dignidade e saúde das mulheres

A Secretária Nacional de Políticas para Mulheres, Fátima Pelaes, se reuniu na manhã de sexta-feira (14) com representantes de 80 movimentos sociais que participaram da 1a Virada Feminina de São Paulo. A diretora do Siemaco, Andrea Ferreira, representou as trabalhadoras e as mulheres sindicalistas. A ministra, que já conhecia a história de Andrea, fez questão de cumprimentá-la e enfatizar a sua admiração.

Durante o encontro, realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), Fátima Pelaes mostrou determinação em evoluir nas principais lutas da mulheres, como o combate á violência doméstica, a promoção da saúde e empoderamento feminino. Enfatizou que assumiu a pasta “com esperança e responsabilidade.”

A anfitriã, Marta Lívia Suplicy, presidente da Libra (Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil) enfatizou que “a Virada Feminina garantirá apoio e retaguarda para todos os movimentos de mulheres em prol das questões de gênero”. Ouviu da ministra que a Virada Feminina deverá tornar-se um evento nacional.

Plano Nacional de Políticas para Mulheres

Ao apresentar o seu programa de governo, a ministra salientou que o PNPPM tem entre os seus objetivos garantir a autonomia econômica das mulheres. São três diretrizes básicas:

-articulação institucional e ações temáticas;

-enfrentamento à violência contra a mulher;

-política do trabalho e autonomia das mulheres.

Anunciou o lançamento do “Prêmio Pró Equidade de Gênero e Raça”, enfatizou a importância da Rede Brasil Mulher e apresentou a Casa da Mulher Brasileira, que garante apoio multidisciplinar às vítimas de violência. Depois, ouviu relatos sobre os trabalhos desenvolvidos em São Paulo e confessou surpresa e admiração por saber que com boa vontade as mulheres realizam muito, apesar do pouco dinheiro.

Triste realidade que vitimiza as mulheres:

– Durante o ano de 2015, foram registrados 4,5 mortes para cada 100 mil mulheres, no Brasil;

– Em 2016, foi registrado um aumento de 51% no total de ligações para o serviço de emergência 180, em relação a 2015;

– Dois a cada três brasileiros testemunharam uma mulher ser agredida física ou verbalmente em 2016;

– 88% dos nordestinos afirmaram ter visto a agressão materna na infância;

– As mulheres jovens representam a população mais expressiva em relação aos novos casos de HIV/Aids, em todo o mundo;

– Oitocentas meninas e mulheres morrem a cada dia em conseqüência de gestações que poderiam ser evitadas ou complicações no parto;

-No decorrer de 2016 foram registrados no Brasil 57 mio novos casos de câncer de mama, com riso estimado de 56,20 para cada 100 mil mulheres.