Siemaco é a esperança e único recurso para o trabalhador da Embrase

 Siemaco é a esperança e único recurso para o trabalhador da Embrase

Cerca de mil trabalhadores só na capital paulista e nove mil no total, funcionários da empresa Embrase, vivem o drama da ameaça do desemprego e incerteza sobre o futuro. Durante todo o dia, na quinta-feira (23), eles protestaram primeiro na Marginal Tietê, ocupando três faixas da pista local, e depois em frente da empresa Embrase, na Avenida Santa Marina, Água Branca. Tal a amplitude dos protestos e a revolta dos profissionais, que as ações foram noticiadas pela mídia.

O Siemaco esteve o tempo todo com o trabalhador, inclusive nos protestos da véspera, quando as denúncias contra a Embrase tomaram uma proporção pública. A partir do relato dos trabalhadores, apurou que além de não receberem os salários, benefícios e demais direitos garantido por lei, os trabalhadores estão envolvidos por transações nada éticas por parte do empregador. Entre eles o não repasse do valor destinado ao convênio médico, que é descontado em folha de pagamento, mas não repassado ao prestação de serviço de saúde.

Muitos entre os funcionários também estão com o “nome sujo”. Isso devido à inadimplência associada a transações financeiras do patrão. A Embrase oferecia empréstimo consignado aos empregados condicionado ao desconto no holerite sem pagar a instituição BF Financeria. Assim, o trabalhador, que deveria ser beneficiado, acabou sendo prejudicado duplamente.

Sindicato forte age pontualmente para reverter prejuízo

Auxiliares de Limpeza, controladores de acesso, profissionais de monitoramento, porteiros e recepcionistas têm no Siemaco a esperança de justiça e ressarcimento dos prejuízos. Mais de 50 deles já recorreram ao sindicato e, pessoalmente, autorizaram a abertura de processos judiciais contra a Embrase.

“O Siemaco negociou e conseguiu o pagamento dos salários a 300 profissionais”, contou o assessor sindical Alex, que está orientando os trabalhadores pessoalmente, ao lado do colega Aleksandro e o diretor Elmo Nicácio (Lagoa). Um a um os casos serão analisados pelo Departamento Jurídico do sindicato e tomadas as providências cabíveis.

Envolta a fofocas sobre falência em outras cidades, a Embrase não está honrando os direitos do trabalhador e nem cumprindo a Convenção Coletiva de Trabalho. Principalmente, desrespeitando os funcionários, pela falta de transparência nas relações. “São pais de família que estão correndo riscos, mas estamos fortes para ajudar a nossa categoria”, enfatiza Alex.