Especialista afasta risco de febre amarela em áreas urbanas e orientará a população no Ciclo de Debate Município Saudável

 Especialista afasta risco de febre amarela em áreas urbanas e orientará a população no Ciclo de Debate Município Saudável

A Câmara Municipal de São Paulo, através do gabinete do vereador Gilberto Natalini (PV), realizará mais um Ciclo de Debate Município Saudável, agora abordando o tema Febre Amarela: suas causas e consequências. O encontro no dia 23 de fevereiro, às nove horas, no Auditório Prestes Maia da Câmara Municipal de São Paulo, tendo como palestrante magno o Dr. Marcos Boulos, responsável pela Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria do Estado de São Paulo.

A febre amarela voltou a chamar a atenção no início deste ano, depois que casos em macacos e humanos voltaram a ser registrados no país. O retorno da doença ocorre meses após seu maior surto no Brasil, no primeiro semestre de 2017.

Desde o final do ano passado, foram registrados mais de 40 casos de Febre Amarela Silvestre, dos quais 21 levaram ao óbito. Diante dessa situação, houveampliação da vacina em diversas partes do país, principalmente em áreas florestais.

Boulos, que é coordenador do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP, acredita que centros urbanos estão livres do vírus, as pessoas em situação de risco são principalmente moradores de áreas florestais e viajantes, constituindo o grupo prioritário de vacinação. Ele garante que a dose fracionada é extremamente eficaz, tem duração de 8 anos e começa a ser distribuída no dia 25 de janeiro. Por fim, o professor Boulos esclarece quais grupos de pessoas devem ou não ser vacinados; por exemplo, idosos devem fazer uma avaliação prévia e crianças com menos de 9 meses não devem receber a dose, assim como os alérgicos a ovo e os imunodepressivos.

Ciclos de Transmissão

Silvestre: O mosquito pica um macaco infectado e depois pica o homem, transmitindo a doença.

Urbano: Não é registrado no Brasil desde 1942. O mosquito pica um homem infectado, e depois pica outro homem; não há transmissão direta entre humanos. Nesse caso o mosquito é o Aedes aegypti.

Sintomas

Primeira fase (3 dias)

– Dor de Cabeça

– Febre baixa

– Fraqueza e Vômitos

– Dores Musculares, principalmente nas costas

– Dor nas articulações

Segunda fase (cerca de 24h)

– Diminuição dos sintomas

– Sensação de Melhora

Terceira Fase

– Febre alta

– Icterícia

– Inflamação no fígado e rins

– Vômitos com sangue

– Urina escura

– Sangramento na pele

– Olhos avermelhados

– Evolução até a morte

Prevenção

Vacinação:

Dose integral (0,5 ml): vale para a vida toda

– Dose fracionada (0,1 ml): vale por pelo menos 8 anos; será dada nas campanhas de vacinação de SP, RJ e BA

– Crianças: devem tomar a partir dos 9 meses (ou 6 meses em áreas de risco)

Para evitar picadas

– Usar repelente (evitar os que também têm protetor solar)

– Aplicar o protetor antes do repelente

– Não usar repelentes em crianças com menos de 2 meses

– Evitar perfume em áreas de mata

– Vestir roupas compridas e claras (ou com permetrina)

– Usar mosqueteiros e telas

Controle do mosquito

– Evitar água parada e tomar os mesmos cuidados da dengue, porque há risco de a doença ser contraída pelo Aedes aegypti (o que não acontece no Brasil desde 1942)

Distância de áreas de risco

– Evitar áreas de mata com registros da doença; caso vá viajar a esses locais, tome a vacina ao menos dez dias antes.

TRATAMENTO

– É apenas sintomático, com antitérmicos e analgésicos (anti-inflamatórios e salicilatos como AAS não devem ser usados).

– Hospitalização quando necessário, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas.

– Uso de tela, por exemplo, para evitar o contato do doente com mosquitos.

Serviço:

Ciclo de Debate Município Saudável- Febre Amarela

Data: 23/02

Horário: 9h

Local: CMSP- Auditório Prestes Maia

Vd. Jacareí, 100- 1º andar

(Fonte: Gabinete Gilberto Natalini)