Líderes sindicais brasileiros reforçam papel crucial na discussão do acordo Mercosul-União Europeia
Em uma iniciativa marcante, líderes sindicais brasileiros participaram nesta terça-feira (30) em Bruxelas, na Bélgica, de debates cruciais sobre a retomada das negociações do acordo Mercosul-União Europeia. Entre os representantes, André Santos Filho, presidente do SIEMACO-São Paulo e vice-presidente da FEMACO, destacou-se na defesa dos trabalhadores terceirizados da limpeza em São Paulo, a maior cidade da América Latina.
Convidados da CSC – Confederação dos Sindicatos Cristãos, maior entidade sindical daquele país, a delegação brasileira, além de André, foi composta por Ricardo Patah, presidente nacional da UGT; de Moacyr Pereira, presidente da CONASCON e também representante da UGT; Roberto Santiago, presidente da FEMACO e vice-presidente da UGT Nacional. Juntos, esses líderes sindicais almejam representar e proteger os interesses dos trabalhadores brasileiros nas esferas nacional, estadual e municipal.
O dirigente da UGT, Ricardo Patah, falou sobre a luta dos sindicatos brasileiros durante o governo Bolsonaro, entre outros temas. Segundo Patah, sua participação, a convite da CSC, parceira europeia da UGT, busca retratar a luta dos sindicatos brasileiros no período em que a extrema-direita cortou direitos trabalhistas e sociais, atacando as entidades de classe.
Parlamento Europeu
A discussão, realizada no Parlamento Europeu, girou em torno da necessidade de superar impasses existentes e promover o diálogo no contexto do acordo comercial. O presidente do SIEMACO-SP, André Santos Filho, ressaltou a importância do papel dos sindicatos e trabalhadores nesse processo.
“Hoje (ontem) estive no Parlamento Europeu participando de um encontro fundamental com líderanças sindicais de outras partes do mundo sobre a retomada das discussões para o acordo que se espera concretizar entre o Mercosul e a União Europeia. O posicionamento de sindicatos e trabalhadores neste processo é fundamental para quebrar impasses existentes, sobretudo por governos de extrema direita. No atual governo federal brasileiro está sendo retomado o caminho do diálogo, mas isso requer trabalho, luta e organização em prol do avanço das negociações”, afirmou Santos Filho.
A participação conjunta desses líderes sindicais reforça o compromisso com a representação dos trabalhadores brasileiros em um contexto internacional, onde as decisões podem impactar significativamente a vida laboral e econômica do país. A união dessas entidades sindicais evidencia o esforço coletivo em promover avanços nas negociações comerciais entre Mercosul e União Europeia, resguardando os direitos e interesses dos trabalhadores.
*Pelos jornalistas Alexandre de Paulo (MTB 53.112/SP) e Fábio Busian (MTB 81.800/SP).
*Matéria posteriormente atualizada com informações da UGT Nacional.