Siemaco, empresa terceirizada e contratante investigam denúncia anônima de assédio no Hospital São Paulo

 Siemaco, empresa terceirizada e contratante investigam denúncia anônima de assédio no Hospital São Paulo

Sindicato, a empresa RCA e o gestor do contrato (Meio Ambiente) reuniram-se na manhã de hoje (03) para investigar um possível caso de assédio moral e abuso de autoridade. Apesar de não se identificar, o denunciante telefonou para o Siemaco e depois enviou um vídeo gravado pelo celular, considerado por ele amoral.

As imagens mostram trabalhadoras ajoelhadas no chão durante a execução da limpeza de rodapés, no Hospital São Paulo. A mesma denúncia, direcionada primeiramente ao sindicato, foi enviada para o departamento responsável pela gestão do contrato de prestação de serviço da Escola Paulista de Medicina.

Acompanhados por duas trabalhadoras, a representante da Cipa, Silvaneide, e a auxiliar de limpeza, Mari Ângela, a equipe sindical formada pela diretora Karine Karin, Edson (Charuto) e Douglas reuniu-se com o supervisor da empresa RCA, Eval Frans, e o gestor do contrato (Meio Ambiente), João Grande. Apesar de garantirem que as imagens não explicitam nenhuma forma de assédio, já que a equipe de limpeza aparece trabalhando sozinha, sem chefia ou áudio, todos garantiram que tudo será apurado de forma transparente.

O suposto assédio teria acontecido no turno da noite, dias atrás, na neurologia. Não aparecem nas imagens pacientes, equipes de saúde ou transeuntes. O que chama a atenção é o fato de as profissionais não estarem usando o equipamento LT (que permite executar a tarefa em pé).

“O trabalho de limpeza dos rodapés podem ser feitos com o LT ou com bucha, nesse caso exigindo que a profissional se abaixe para alcançar os rodapés”, explicou o supervisor da RCA, Eval Frans. João Grande, por sua vez, contou que logo após assistir a gravação, conversou com a equipe da limpeza que, segundo ele, negou o assédio. “Apenas uma profissional reclamou da chefia”, relatou.

“Assédio moral não se confirma com denúncias anônimas. Será preciso investigar, identificando as trabalhadoras, a encarregada. Constatado a veracidade do fato, caberá ação no Ministério do Trabalho”, concluiu Karine, explicando que o Siemaco acompanhará o caso de perto.