Trabalhadores da Limpeza Urbana decretam estado de greve em 130 cidades do Estado (exceto São Paulo e Campinas) após rejeitar proposta patronal de reajuste salarial

Trabalhadores da limpeza urbana deverão cruzar os braços a partir do próximo dia 23, segunda-feira, caso não avancem as negociações com o sindicato patronal, o Selur (Sindicato das Empresas Urbanas no Estado de São Paulo). O estado de greve foi decretado após assembleias confirmarem a decisão das lideranças sindicais, quando a categoria rejeitou a proposta de reajuste salarial de 6,5% nos salários. A capital, São Paulo, e a cidade de Campinas não participam da negociação, pois tem data-base diferente, em setembro.

Se confirmada a greve, a coleta de lixo domiciliar e varrição das ruas serão interrompidas em 130 cidades do interior do estado de São Paulo, a partir de segunda-feira (dia 23). Unanimemente, representantes de mais de 17 sindicatos rejeitaram a proposta patronal.

O vice-presidente do Siemaco, Roberto Santiago, também presidente da Femaco, criticou veemente a proposta apresentada pelos patrões e comprometeu-se a lutar pelo reajuste da categoria. “Em tempos em que a inflação esbarra os 8% é inaceitável que aceitemos um reajuste pitoresco de 6,5%. Isso é uma vergonha, uma verdadeira piada. Vamos lutar pelos trabalhadores da limpeza urbana e brigar pelo reajuste que garanta um salário digno para a categoria.”, afirmou.

Hoje (13) os sindicatos iniciaram a distribuição de boletins informativos aos trabalhadores, comunicando a decisão. Entre as cidades que já decretaram estado de greve estão: Osasco, Suzano, Guarulhos, Itanhaém, Bauru, Taboão, Piracicaba, além de cidades do ABC e da Baixada Santista. A negociação refere-se à campanha salarial da limpeza urbana 2015, cuja data base é 1º de março.