Encerrando o mês das mulheres, UGT e Siemaco debatem realidade da mulher no trabalho e sociedade

 Encerrando o mês das mulheres, UGT e Siemaco debatem realidade da mulher no trabalho e sociedade

Embora o mês de março tenha acabado hoje, a luta pelo “Pelo fim de todas as formas de violência e discriminação na sociedade” continuará ano afora.  Buscando a igualdade de gêneros, principalmente de condições para a mulher trabalhadora, o Ciclo de Debates do Siemaco realizou hoje (31), numa parceria com a Secretaria da Mulher da UGT (União Geral dos Trabalhadores), um encontro especial, voltado à discussão sobre a condição feminina na sociedade.

Denunciando que mesmo ocupando os mesmos cargos que os colegas homens as mulheres recebem salários entre 30 a 40% menores, a secretária da mulher da UGT nacional, Cássia Bufelli, questionou: Que igualdade é essa?. Depois provocou: O que a soma dessa diferença a menos, paga para a mulher trabalhadora, representa para o PIB (Produto Interno Bruto) do país?

Conclamando todos a denunciarem essa condição desigual, convocou os sindicatos a promoverem a participação feminina efetiva, na busca por uma sociedade mais justa. Desigualdade que gera prejuízos financeiros e sociais para homens e mulheres.

“O sindicalismo é machista”, reconheceu o presidente do Siemaco, Moacyr Pereira, justificando que a formação histórica sindical é responsável por essa característica, que tem de ser revertida. Ressaltou, ainda, que a violência contra a mulher se dá no trabalho, na sociedade, em casa. Uma realidade que se repete, infelizmente, no mundo todo e tem de ser combatida.

 “Os símbolos da Secretaria da Mulher da UGT, norteado pelo respeito, igualdade e cidadania deveria permear o mundo do trabalho”, destacou a advogada Claudia Patrícia Luna, ressaltando: “as diferenças não podem reproduzir um sistema de desigualdade”.  Para ela, a “transformação se dá pelo conhecimento”, que gera o rompimento de culturas irraigadas e leva à libertação de fato e direito.

Durante todo o dia, temas como Tráfico de Pessoas, Previdência Social e Inclusão de Pessoas Portadoras de Deficiência Física, sob a ótica feminina e do trabalho, foram abordados. Participaram do encontro, formadores de opinião, educadores, sindicalistas e trabalhadores da base.