Em busca de dignidade, Limpeza Urbana continua em greve no Estado

 Em busca de dignidade, Limpeza Urbana continua em greve no Estado

O presidente do Siemaco e da Fenascon, Moacyr Pereira, se solidarizou publicamente, na manhã de hoje (31), com os colegas sindicalistas e trabalhadores da Limpeza Urbana do estado de São Paulo, em greve há nove dias, desde 23 de março. Durante evento realizado em parceria com a UGT, no auditório do Siemaco, ele foi taxativo:

“Estão fazendo queda de braços com os sindicatos, que estão lutando por melhores condições de trabalho”,enfatizou Moacyr, justificando que os trabalhadores reivindicam menos de R$50 de aumento real. Lembrou, ainda, que hoje haverá uma nova rodada de negociações entre sindicatos dos trabalhadores e patronal, no Tribunal Regional do Trabalho.

Ressaltando que a Femaco (Federação dos Trabalhadores em Serviços, Asseio e Conservação Ambiental e Áreas Verdes no Estado de São Paulo) acumula  R$ 2 milhões em multas, sob alegação de não cumprimento da Lei de Greve, Moacyr, que também ocupa a vice-presidência da entidade, questionou: estão punindo os trabalhadores, mas quem pune as empresas e as prefeituras?

Os profissionais da Limpeza Urbana prestam um serviço essencial, mas sofrem com os baixos salários e as condições de trabalho, afirmou. A greve é por um motivo justo e a sociedade deveria reconhecer o valor e garantir o devido respeito a essa categoria que, sem dúvida nenhuma, é indispensável.

O trabalhadores reivindicam 11,73% de reajuste, mas os patrões oferecem apenas 7,6%. Os sindicatos de São Paulo e Campinas não aderiram ao movimento porque têm data-base diferente, em setembro.