Trabalhadores com deficiência conseguem emprego no Asseio e Conservação graças à parceria entre Siemaco e Empresas

 Trabalhadores com deficiência conseguem emprego no Asseio e Conservação graças à parceria entre Siemaco e Empresas

GAZ_7092.jpg Siemaco, Oportunidade para PcD

Conseguir recolocação profissional não é tarefa fácil para ninguém, mas as opções se limitam quando o candidato é uma pessoa com deficiência (PcD). Mais interessante, é que as empresas também têm dificuldades em preencher as vagas, por falta de candidatos. Pensando nisso, a Central de Vagas do Siemaco uniu o útil ao agradável, abrindo o seu auditório para um processo seletivo tão especial.

Convidados pela coordenadora da Central de Vagas, Ligia de Oliveira Cruz, os responsáveis pelo Departamento de Recursos Humanos da empresas Full Gestão, Grupo Monteiro, Limpadora Canadá e Vikings trabalharam no sindicato, na manhã dessa segunda-feira (20). Na primeira experiência os resultados foram promissores: dois trabalhadores recolocados e um encaminhado para um curso de capacitação, obrigatório para a função de porteiro. 

A felicidade de recomeçar

Apesar do currículo impressionante, Accacio Salvatori Neto, 57 anos, estava desempregado há um ano e sete meses. Estava, sim, pois ele foi contratado como agente de monitoramento pela empresa Monteiro. Com atrofiamento no (pós) pé direito, ele anda amparado numa muleta. Acredita que o problema físico, somado à idade, o excluiu do mercado de trabalho.

“Tenho dois mil currículos entregues e nem sei por que era recusado pelas empresas. É como se a minha capacidade fosse colocada em dúvida, desabafou. Formado em Ciências Contáveis, Accácio desempenhou a função de gerente de banco, mesmo sendo contratado como caixa.

Antes de assumir o novo cargo, ele fará um curso de capacitação, pago pela empresa, e passará pelo obrigatório de adaptação. “Estou feliz com a recolocação. É um novo começo, numa função nova”, disse alegre, pois foi buscar um emprego de porteiro mas queria mesmo trabalhar com monitoramente e atingiu o seu objetivo. “Eu queria fazer o curso, mas era caro para alguém desempregado.”

O casal Rosa e Valdemir Alves Fernandes costumava sair juntos em busca do tão sonhado emprego. Aos 47 anos, ele procura emprego há dois anos e contou que apenas em 2015 era a 23ª. tentativa.

“Dizem que tem cotas para PcD, mas eu deixo o currículo, gasto dinheiro em xerox, passo nos testes, mandam esperar em casa e nada. Como pode isso? Mas um dia a porta se abre!”, afirmou, num misto de confiança e incredulidade, o trabalhador que teve poliomielite na infância.

“Eu sou uma pessoa direita, não sou um peso. Eu sei o que posso e não posso fazer e já trabalhei de tudo”, argumentou. Com experiência de três anos na limpeza ele conseguiu a oportunidade esperada, na empresa Vikings. A gerente de RH apenas aguardava a conferência dos documentos necessários para validar a contratação como auxiliar de limpeza numa faculdade.

O biblioteconomista Valdeci de Sales, 39, ainda não conseguiu a tão sonhada carteira assinada, mas um curso de portaria, oferecido pela Monteiro. Desempregado há nove meses, no início ele buscava uma recolocação na área de formação mas agora está aberto a todas as possibilidades.

Vítima de um acidente de trabalho, quando uma prensa esmagou a sua mão direita e comprometeu os tendões e ossos, reduzindo os movimentos dos dedos para a função “pinça”, ele anseia por dois empregos, para completar a renda e manter o padrão que tinha anteriormente. “O curso de portaria é a primeira oportunidade”, agradeceu, ansioso para que depois venha o emprego tão necessário.

Duplamente feliz, a esposa Rosa Farias, 40 anos, mesmo sem ser PcD, aproveitou a oportunidade e conseguiu uma vaga como auxiliar de limpeza. Contatada pela Full Gestão, ela repetiu várias vezes: Estou muito feliz. É vida nova!”.

Rosa trabalha desde os 12 anos e estava dependendo da ajuda de amigos para manter a casa e sustentar as filhas de 13 e 17 anos. Cheia de planos, ela já se matriculou num curso de capacitação e também retomará os estudos formais, para completar o ensino médio. “Foi muito difícil, nós dois desempregados, eu nunca pensei em passar por uma experiência dessas… Agora quero crescer pessoal e profissionalmente!”.

Lígia e as empresas vão repetir o processo de seleção para Pessoas com Deficiência, em agosto. A Central de Vagas também recebe currículos e encaminha para os empregadores, rotineiramente. Basta procurar a equipe da Central de Vagas do Siemaco, na Rua Pirineus, 20 (próximo a estação marechal Deodoro do Metrô).