Em assembleia realizada em sua sede, Siemaco valida acordo entre trabalhadores demitidos e a empresa Faísca

 Em assembleia realizada em sua sede, Siemaco valida acordo entre trabalhadores demitidos e a empresa Faísca

Após perder o seu último contrato de prestação de serviços, a empresa Faísca  procurou o Siemaco pedindo ajuda para negociar um acordo para definir a rescisão de 320 trabalhadores que estavam locados na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). Para isso, o diretor João Capana convocou todos a participarem de uma Assembleia, na manhã dessa sexta (13). Aprovada a proposta, os ex-funcionários foram encaminhados para o Departamento de Homologação, que reservou toda agenda, possibilitando o mutirão de atendimento.

A Faísca fechou as portas no dia 19 de outubro, quando 230 trabalhadores do Asseio e Conservação optaram por pedir demissão e foram recontratados pela nova prestadora de serviços da CPTM, a empresa A Tonanni. Os demais estavam sem rumo, esperando uma definição, o que só aconteceu com a intermediação do sindicato.

“Temos uma notícia ruim, a empresa Faísca fechou as portas, mas o sindicato chamou vocês aqui para garantirmos os seus direitos”, resumiu Capana, quando um trabalhador respondeu: o sindicato briga por nós!. Na sequência, explicou os termos do acordo, inclusive a clausula imposta pelo Siemaco que prevê uma multa de 50% do valor da rescisão caso a empresa não cumpra a parte acordada.

Informou, ainda, que apesar de a votação vislumbrar a maioria, a homologação, realizada pelos especialistas do Siemaco iria analisar os casos individualmente, garantindo que todos os direitos individuais sejam respeitados. “Quem não concordar pode recorrer à Justiça do Trabalho, garantindo a orientação dos advogados do sindicato”, orientou.

“Eu gostava da firma e não aceitei pedir demissão. O sindicato está a nosso favor, não é mesmo?”, questionou Amarilia Figueira Grizza, que trabalhou em dois períodos diferentes na Faísca, como auxiliar de limpeza.  Seu colega, Antonio Sergio da Costa, auxiliar de limpeza há três anos, desde que foi contratado pela Faísca estava ali buscando os seus direitos e ficou mais tranquilo ao saber que o sindicato iria fiscalizar.

Foram muitos os protestos, pois todos estavam revoltados com o desemprego, a indefinição e a falta do pagamento, mas no final, a maioria concordou com a proposta. João Capana listou os direitos a serem pagos, como o saldo do salário (os dias trabalhadore), 13o salário, aviso prévio, férias venciadas e/ou proporcional, além da liberação do FGTS e Seguro Desemprego. “O papel do sincidato é orientar e encontrar a melhor forma de ajudar cada um de vocês”, finalizou.

Representando a Faisca, o advogado Márcio Eduardo Garcia Leite lamentou o fechamento da empresa e garantir o cumprimento de todos os direitos da ex-equipe. Na sequencia, acompanhou a homologação, realizada pelo Siemaco.